O Estado de São Paulo Editoria: Economia Página: B-5
O reajuste nos preços dos combustíveis elevou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) a 0,26% em maio, ante 0,22% em abril. O resultado veio dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro (0,22% a 0,30%) e confirmou a tranqüilidade no cenário da inflação em 2007.
O IPCA-15 é calculado com a mesma metodologia do IPCA – índice que é referência para as metas de inflação do governo -, diferenciando-se apenas no período de coleta.
O Estado de São Paulo Editoria: Economia Página: B-5
O reajuste nos preços dos combustíveis elevou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) a 0,26% em maio, ante 0,22% em abril. O resultado veio dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro (0,22% a 0,30%) e confirmou a tranqüilidade no cenário da inflação em 2007.
O IPCA-15 é calculado com a mesma metodologia do IPCA – índice que é referência para as metas de inflação do governo -, diferenciando-se apenas no período de coleta. No ano, o índice acumula alta de 1,88% e em 12 meses, de 2,99%.
Em maio, os combustíveis subiram 1,18% e responderam pela maior contribuição (0,06 ponto porcentual) para o IPCA-15 do mês. O litro do álcool aumentou 5,3% e elevou também o preço da gasolina (0,81%), que tem 23% de álcool na composição.
Outras pressões de alta foram dadas pela energia elétrica (0,77%), empregado doméstico (0,91%), remédios (0,80%), celular (1,06%) e cigarro (2,10%).
Como importante contribuição para conter a inflação, os produtos alimentícios, que pressionaram a taxa em abril (0,39%) apresentaram deflação de 0,12% em maio. Produtos com forte peso na despesa das famílias mostraram recuo nos preços, como tomate (35,08%) e cenoura (22,7%), entre outros.
O economista do Ibmec e ex-diretor de política monetária do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, disse que a alta do IPCA-15 em abril refletiu o aumento dos combustíveis e ainda não mostrou o impacto da queda mais forte do dólar na última semana. Segundo ele, os efeitos do câmbio abaixo de R$ 2 vão aparecer na inflação daqui a dois meses.
Para ele, a maior intensidade na queda do dólar levará o IPCA a fechar o ano muito abaixo da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. As contas de Thadeu de Freitas indicam que, caso o dólar feche o ano em torno de R$ 1,95, ‘o que é mais provável’, o IPCA será de 3%, abaixo dos 3,14% apurados no ano passado. Mas, se o câmbio cair para algo em torno de R$ 1,90, o IPCA recuará para 2,9%.