Confiança do consumidor tem o melhor resultado em 7 meses

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Jornal do Commercio  Editoria: Economia  Página: A-2


Favorecida por uma onda de boas notícias na economia, a confiança do consumidor brasileiro reverteu trajetória de queda e atingiu neste mês alta de 2,6%, ante queda de 1,9% em abril, o melhor resultado em sete meses. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou nesta quinta-feira o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), contribuíram para o resultado fatores como inflação baixa; risco País reduzido; e aquecimento no setor de construção civil. Isso restaurou o bom humor do consumidor este mês.



Jornal do Commercio  Editoria: Economia  Página: A-2


Favorecida por uma onda de boas notícias na economia, a confiança do consumidor brasileiro reverteu trajetória de queda e atingiu neste mês alta de 2,6%, ante queda de 1,9% em abril, o melhor resultado em sete meses. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou nesta quinta-feira o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), contribuíram para o resultado fatores como inflação baixa; risco País reduzido; e aquecimento no setor de construção civil. Isso restaurou o bom humor do consumidor este mês. Para cálculo do ICC, foram pesquisados 2 mil domicílios, entre 2 e 21 de maio.


Com o resultado, o indicador subiu 7,3% em 12 meses, a maior taxa desde dezembro de 2006, nesta base de comparação. Segundo o coordenador de sondagens conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da fundação, Aloisio Campelo, houve saldos positivos tanto a respeito da situação presente quanto das expectativas em relação aos próximos meses.


O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual, que subiu 1% em maio, ante aumento de 4% em abril; e o Índice de Expectativas, que teve aumento de 3,5% em maio, em comparação com a queda de 4,7% em abril. “O resultado das expectativas teve a maior influência para a taxa positiva do ICC”, disse Campelo.


Economista admitiu que nem todos os consumidores têm o hábito de ler com freqüência o noticiário econômico. Entretanto, considerou que “foram tantas notícias boas” no setor que não havia como ignorar. Segundo Campelo, a avaliação positiva foi tão abrangente que também influenciou o mercado de trabalho. Um dos setores atualmente mais aquecidos é o de construção civil, intensivo em mão-de-obra. O aumento no número de contratações nessa área ajudou a elevar o otimismo do consumidor em relação ao futuro.


Campelo foi cauteloso sobre a sustentabilidade do aumento de confiança. “Não temos como saber isso agora. Mas se depender somente do “front” econômico, eu acho que sim, pode continuar. Parece que a economia está entrando em um ritmo (de crescimento) mais rápido”, afirmou. “Mas, pode haver algum evento político ou de segurança urbana (que derrube a confiança)”, afirmou.


A pesquisa não captou o humor do consumidor em relação aos escândalos de corrupção envolvendo políticos do governo Lula, revelados durante a investigação da Polícia Federal na Operação Navalha, visto que o período de término das entrevistas praticamente coincidiu com o início da divulgação do caso. “Pode ser que apareça na pesquisa de junho”, afirmou.


Os consumidores de Brasília são os mais satisfeitos com a economia de sua cidade. No levantamento, 39,5% dos entrevistados na capital classificaram sua situação econômica melhor do que a do resto do País – maior percentual entre as sete cidades pesquisadas. Em contrapartida, o consumidor mais insatisfeito foi o do Rio de Janeiro. Segundo a FGV, 40,9% dos entrevistados na capital fluminense consideram pior a situação econômica de sua cidade na comparação com o resto do País.


 

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