Ministro de Portos e Aeroportos destacou o recorde de investimentos que consolidou, nos últimos dois anos, o maior crescimento no setor portuário da história do país

O titular de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, participou do programa “Bom dia, Ministro” nesta quinta-feira, 6 de fevereiro. Durante entrevista a rádios de todo o país, ele destacou as perspectivas positivas para o setor em 2025. Na área portuária, o Brasil registrou o maior crescimento da história nos últimos dois anos.
“Não se pode falar do agronegócio sem falar do fortalecimento dos portos públicos brasileiros. Isso significa a reestruturação dos portos públicos brasileiros e privados, a importância que o Brasil tem na agenda do desenvolvimento mundial e esses investimentos têm, cada vez mais, ajudado o agronegócio brasileiro. Por isso precisamos ter portos estruturados para ajudar a corrente de importação e exportação do Brasil”
Silvio Costa Filho
Ministro de Portos e Aeroportos
“Os números são os melhores da história, porque a gente está tendo um grande crescimento na economia brasileira, na medida que o PIB cresceu 3,5%, que o agronegócio está batendo recordes no Brasil. Pelo segundo ano consecutivo, tivemos o maior volume de crescimento na balança comercial e terminamos o ano com crescimento em quase US$75 bilhões de superávit. Então, a gente está vivendo um excelente momento no setor portuário”, declarou o ministro.
O ministro ressaltou o crescimento dos investimentos privados nos portos, que chegarão ao patamar de R$40 bilhões nos primeiros três anos do governo do presidente Lula. Já os recursos públicos para os portos foram de mais de R$3 bilhões em 2023 e 2024, com previsão de mais de R$2 bilhões em 2025. Outro destaque foi a contribuição desses investimentos para fortalecer o agronegócio do país, setor essencial na economia.
“Não se pode falar do agronegócio sem falar do fortalecimento dos portos públicos brasileiros. Isso significa a reestruturação dos portos públicos brasileiros e privados, a importância que o Brasil tem na agenda do desenvolvimento mundial e esses investimentos têm, cada vez mais, ajudado o agronegócio brasileiro. Por isso precisamos ter portos estruturados para ajudar a corrente de importação e exportação do Brasil”, disse Costa Filho.
O Governo Federal tem trabalho para ampliar os investimentos, simplificar os processos e desburocratizar licenças ambientais, além de atrair mais investidores nacionais e internacionais. “Queremos ampliar os investimentos. Esse diálogo com o setor produtivo para simplificar, desburocratizar e estar mais perto desse setor. Temos estimulado a agenda de crédito através do Fundo da Marinha Mercante, e isso traz investidores nacionais e internacionais para poder prover investimentos no setor portuário brasileiro”.
De acordo com a pasta, o setor portuário encerrou 2024 com um crescimento de mais de 4% e atingiu uma movimentação recorde de 1,3 bilhão de toneladas. Entre as prioridades do Governo Federal está o leilão do Porto de Itaguaí, além de futuros empreendimentos como o Túnel de Santos e o Terminal de Contêineres Santos 10. A previsão é de que, até 2026, 50 novos leilões sejam realizados.
“Quando a gente pega o crescimento no setor de contêineres nos nossos portos, um crescimento de 18%, o maior da história do Brasil, isso significa geração de emprego e renda, que é o maior programa social do Brasil, e nós temos uma grande carteira de leilões”, disse Costa Filho.
AVIAÇÃO COMERCIAL — Na aviação comercial, Silvio Costa Filho enfatizou que o Governo Federal tem buscado diversas alternativas para fortalecer o setor. Serão liberados cerca de R$4 bilhões do Fundo Nacional da Aviação Comercial (FNAC) para financiar investimentos das companhias aéreas na compra e manutenção de aeronaves. A medida resultará na redução do custo operacional das empresas e das passagens aéreas.
“O governo brasileiro tem trabalhado nesse momento para fortalecer as companhias aéreas no Brasil. Nós viabilizamos uma agenda de crédito na ordem de R$4 bilhões que vai ajudar as companhias aéreas a poderem passar por um processo de recuperação. A nossa prioridade é não deixar que essas empresas quebrem e prejudiquem a economia brasileira”
Silvio Costa Filho
“O governo brasileiro tem trabalhado nesse momento para fortalecer as companhias aéreas no Brasil. Nós viabilizamos uma agenda de crédito na ordem de R$4 bilhões que vão ajudar as companhias aéreas a poderem passar por um processo de recuperação. A nossa prioridade é não deixar que essas empresas quebrem e prejudiquem a economia brasileira”, afirmou o ministro.
Ele também frisou que a aviação brasileira teve crescimento de 14% em 2024, chegando a mais de 118 milhões de passageiros. A evolução reflete no turismo de negócio e de lazer, que movimenta a economia e contribui para o desenvolvimento do país. Outros avanços foram as entregas de mais de 30 de aeroportos novos ou reformados no ano passado.
“Entregamos mais de 30 novos aeroportos no Brasil, novos e que foram reformados. Foram mais de R$3 bilhões investidos. A nossa expectativa é que, no governo do presidente Lula, a gente possa deixar, entre investimentos e contratos, mais de R$12 bilhões. É o maior volume de investimentos na aviação brasileira”, destacou.
PROGRAMA AMPLIAR — A Região Nordeste e a Amazônia Legal terão prioridade no Programa AmpliAR, iniciativa que visa expandir a infraestrutura aeroportuária regional, tornando o modal mais acessível. De acordo com o ministro, mais de 100 aeroportos de pequeno e médio porte serão requalificados nos próximos cinco anos. O número também engloba novos aeroportos nessas regiões, consideradas estratégicas, mas de baixo interesse comercial. O programa foi construído em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) e está na fase de consulta pública.
“Só aí no Amazonas, nós vamos requalificar e fazer quase 15 novos aeroportos. Entre novos e aeroportos que serão requalificados para a gente poder ter no Amazonas uma aviação sustentável, mas sobretudo com aeroportos estruturados para a gente poder atender bem a população da Amazônia e da região norte do país que é tão importante para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Silvio Costa Filho.
“O AmpliAR é o maior programa da aviação regional da história do Brasil. É um programa que vai fazer, nos próximos cinco anos, o equivalente a mais de cem aeroportos requalificados, que passarão por reformas, como também novos aeroportos pelo Brasil, sobretudo com o olhar da aviação regional. Na primeira etapa serão 50 aeroportos e a segunda etapa, mais 50”, destacou.
O ministro afirmou que cerca de 12 concessionárias participarão do programa e que em abril começará a assinatura dos contratos. “Nós estamos em fase de consulta, em torno de 12 concessionárias devem participar. Elas estão prospectando, analisando regiões, analisando os aeroportos, fazendo conta, fazendo análises internas. Esperamos que, até o dia 20 de fevereiro, fechemos a consulta pública do AmpliAR para que, a partir do mês de abril, possamos fazer assinatura de muitos contratos, validados pelo TCU”, disse.
VOA BRASIL — Primeiro programa de inclusão da aviação brasileira, o Voa Brasil alcançou em janeiro o melhor resultado desde seu lançamento, em julho do ano passado. Foram 5.308 bilhetes reservados no primeiro mês de 2025, 15% a mais do que o recorde anterior, em agosto de 2024. No total, em seis meses, foram reservadas quase 30 mil passagens para todos os estados. “Isso significa quase 220 aviões lotados de aposentados viajando pelo país. Isso é um trabalho bonito, um trabalho social. Eu recebo vários depoimentos de aposentados de todo o Brasil que mandam mensagem agradecendo, muitos que nunca tiveram a oportunidade de viajar de avião”, afirmou o ministro. O Voa Brasil oferece passagens de até R$ 200 a aposentados do INSS.
Fonte: gov.br/secom/pt-br
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