Comércio prevê vendas mornas e antecipa Natal pelo 2º ano seguido

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Lojas e shoppings têm antecipado as ações de Natal pelo segundo ano consecutivo. A expectativa de que a data deverá ser morna para o comércio obrigou o mercado a se mexer desde já, na tentativa de “provocar” a venda o mais rápido possível. Dois fatos inéditos merecem destaque.


Em primeiro lugar, a data já está nas ruas antes até do ocorrido no ano passado -quando já houve um adiantamento nas campanhas de publicidade e na preparação das lojas para a data. Além disso, a concorrência para o comerciante não será com o lojista vizinho.

Lojas e shoppings têm antecipado as ações de Natal pelo segundo ano consecutivo. A expectativa de que a data deverá ser morna para o comércio obrigou o mercado a se mexer desde já, na tentativa de “provocar” a venda o mais rápido possível. Dois fatos inéditos merecem destaque.


Em primeiro lugar, a data já está nas ruas antes até do ocorrido no ano passado -quando já houve um adiantamento nas campanhas de publicidade e na preparação das lojas para a data. Além disso, a concorrência para o comerciante não será com o lojista vizinho. Em 2006, a disputa maior vai ser mesmo com o carnê atrasado do consumidor.


A expansão da inadimplência neste ano fará as lojas colocarem nas ruas campanhas de renegociação de dívida a partir de novembro, apurou a Folha. A Casas Bahia deve reforçar uma ação nesse sentido neste mês. Isso vai tirar mais dinheiro de circulação que poderia ir para elevar as vendas.


Estima-se que existam 838 mil paulistanos com o nome sujo no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), segundo volume de registros atrasados (entradas menos saídas) de janeiro a setembro. O volume é 37 mil superior ao registrado em igual período do ano passado. A taxa de inadimplência está em 5,9% na capital, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo -superior à taxa dos últimos três meses, mas inferior à média do primeiro semestre.

Nesse cenário de endividamento elevado e contas em atraso, as lojas tentam estimular as vendas com uma boa dose de campanha na praça. Na rede Extra, o panetone chegou às lojas no dia 23 de setembro, cinco dias antes do verificado em 2005. Neste final de semana, haverá a primeira grande ação de final de ano da rede -as lojas ficarão abertas de sexta a domingo, por 72 horas. Produtos natalinos já estão à venda nos supermercados e hipermercados em São Paulo.


No ano passado, o Raposo Shopping iniciou sua campanha em 29 de outubro. Já em 2003 e 2004, a temporada de Natal começou em 20 de novembro. No Morumbi, a decoração foi inaugurada no ano passado no dia 25 de novembro, em razão de obras. Neste ano, ela começa no dia 17.


Previsões e calendário


As estimativas de expansão nas vendas do varejo neste Natal variam de 1% a 15%. Os cálculos são dos mais variados. Associações e entidades comerciais têm posição mais cautelosa: prevêem alta de 1% a 2% em relação a 2005, como informa a Fecomercio SP. No Brasil, o varejo em dezembro do ano passado cresceu pouco mais de 4%, informa o IBGE. O setor de brinquedos espera faturar 4% acima da mesma data em 2005, calcula a Abrinq. Para o setor de vestuário, as vendas devem se manter estáveis em relação ao ano passado.


“Vai ser na base da venda “pinga-pinga”, como foi em 2005″, diz Roberto Chadad, presidente da Abravest, entidade que representa o segmento de vestuário. O melhor desempenho deverá ser registrado no setor de eletrônicos. Rita Bellizia, diretora de categoria eletro do grupo Pão de Açúcar, informa que as compras de produtos do segmento foram 56% acima do verificado no Natal de 2005.


 

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