Inadimplência das empresas cresce 6,5% até novembro

Compartilhe:

A inadimplência das empresas cresceu 6,5% no acumulado de janeiro a novembro deste ano, em relação a igual período do ano passado, segundo o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica. Os principais motivos para a alta no ano foram a permanência da taxa de juros real em patamar elevado, o crescente número de consumidores endividados, a menor rentabilidade das empresas exportadoras devido à valorização do real e a concorrência com os produtos importados, segundo a Serasa.

A inadimplência das empresas cresceu 6,5% no acumulado de janeiro a novembro deste ano, em relação a igual período do ano passado, segundo o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica. Os principais motivos para a alta no ano foram a permanência da taxa de juros real em patamar elevado, o crescente número de consumidores endividados, a menor rentabilidade das empresas exportadoras devido à valorização do real e a concorrência com os produtos importados, segundo a Serasa.


Em novembro de 2006, a alta na inadimplência das pessoas jurídicas foi de 3,6% na comparação com outubro deste ano. Quando comparada a novembro de 2005, no entanto, o número de dívidas vencidas das empresas recuou 7,4%.


De acordo com o indicador, os cheques sem fundo ultrapassaram os títulos protestados na representatividade da inadimplência das empresas, chegando a 39,5% este ano. Em novembro do ano passado, o peso dos cheques sem fundo das pessoas jurídicas foi de 39,1%. O segundo índice na representatividade do indicador foi o de títulos protestados, quem em novembro deste ano teve um peso de 39,2% na inadimplência das empresas. No décimo primeiro mês de 2005, a participação dos protestos havia sido de 40,7%.


Com o menor percentual, ficaram as dívidas com os bancos que registraram pouca influência no peso da inadimplência das pessoas jurídicas, 21,3% em novembro de 2006, superando a participação de igual período do ano passado, que foi de 20,2%. O valor médio das dívidas calculadas pelos bancos chegou a R$ 3.697,24.


Cheques 


Com base nos cálculos realizados pela Serasa, o indicador de dividas com cheques sem fundo nos 11 meses de 2006 permaneceu praticamente estável quando comparado a igual período do ano passado. A queda foi de apenas 0,7%. Já o valor das dívidas com os bancos aumentou 16,3%. O valor médio dos títulos protestados também registrou estabilidade no acumulado de janeiro a novembro de 2006, frente ao igual período de 2005. A queda ficou em 0,4%.


 


Para o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, a variação percentual do número de inadimplências este ano é considerada normal, pois reflete o desenvolvimento econômico em que se encontra o país, na busca por taxas de juros mais acessíveis seguido da estruturação das empresas para fornecer melhores condições de pagamento ao consumidor.


Segundo os técnicos da Serasa, a concessão de crédito sem metodologia adequada contribuiu para a maior inadimplência nos negócios. Cabe lembrar que o crédito para as empresas, com recursos livres, cresceu no acumulado do ano, até outubro, 15,3%. Assim, ainda há uma relação muito positiva para o crédito.


 

 




 

Leia mais

Rolar para cima