Confiança do consumidor alcança nível recorde neste mês

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Impulsionada pelo boa disposição das famílias de classe alta e classe média alta, a confiança do consumidor atingiu nível recorde em dezembro. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,2%, atingindo 111,7 pontos – o maior nível da história do índice, iniciada em setembro do ano passado. Em novembro, o indicador subiu apenas 0,9%.

Impulsionada pelo boa disposição das famílias de classe alta e classe média alta, a confiança do consumidor atingiu nível recorde em dezembro. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,2%, atingindo 111,7 pontos – o maior nível da história do índice, iniciada em setembro do ano passado. Em novembro, o indicador subiu apenas 0,9%. Ao divulgar o resultado, os técnicos da FGV fizeram também um balanço favorável da confiança do consumidor este ano, e revelaram que as perspectivas para 2007 são otimistas, puxadas por famílias de renda baixa.


Para cálculo do indicador foram pesquisados 2 mil domicílios em sete capitais, entre os dias 1 a 21 de dezembro. O ICC é um indicador que vai de 0 a 200 pontos – sendo que, abaixo de 100, o resultado é considerado negativo; e acima de 100, positivo.


Segundo o coordenador de Análises Conjunturais da fundação, Aloísio Campelo, foi a primeira vez em três meses que as famílias com maior poder aquisitivo lideraram os resultados favoráveis da confiança do consumidor – cujo indicador, em dezembro, apresentou sua sexta elevação consecutiva.


Ao se analisar o ICC por faixas de renda, o índice cresceu 6,2% nas famílias com ganhos entre R$ 4.800 e R$ 9.600; e subiu 5,7% entre as famílias com rendimento acima de R$ 9.600. Em contrapartida, nas famílias com renda até R$ 2.100, o índice aumentou apenas 0,8% no mês – sendo que, nas famílias com renda familiar entre R$ 2.100 e R$ 4.800, o índice caiu 4%.


Na avaliação de Campelo, houve um “re-equilíbrio” nas perspectivas entre faixas de renda diferentes. O economista não descartou a possibilidade de que as notícias sobre programa de governo para a próxima gestão do presidente Lula, aliadas ao fim das turbulências políticas, possam ter influenciado na melhora do humor das famílias mais abastadas.


Situação Presente 


Em dezembro, a alta na taxa do ICC foi puxada basicamente pela boa avaliação do consumidor quanto à situação presente. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Expectativas, que subiu 3,3%, ante alta de 2,5% em novembro; e o Índice de Situação Atual, que aumentou 1,5%, ante queda 1% em novembro.


Campelo também avaliou o desempenho da confiança do consumidor no ano. Ao longo de 2006, o ICC subiu 7,8% – comparando dezembro de 2006 ante igual mês do ano passado. “Esse resultado foi puxado basicamente pelas respostas do consumidor relacionadas às expectativas e principalmente pelo desempenho do segundo semestre”, disse, explicando que o indicador deu uma “arrancada” para cima nos últimos seis meses do ano.


O cenário positivo da confiança do consumidor este ano foi puxado essencialmente pelas famílias mais pobres. Campelo lembrou que as famílias com baixo poder aquisitivo foram beneficiadas por inflação mais baixa, principalmente no setor de alimentos; e por programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família. “Esses foram fatores que deram um fôlego em um ano que não foi tão favorável assim para se conseguir emprego”, disse. “Houve mais boas notícias para essa faixa de renda (mais baixa) do que para as com renda mais alta”, afirmou.


As famílias com renda menor também são as mais otimistas com o próximo ano. Do total de entrevistados, 53,2% informaram que a situação financeira familiar melhorará no ano que vem. Mas, ao se olhar apenas as respostas das famílias com renda até R$ 2.100, 68,3% apostam em melhora nesse quesito. “A faixa (de renda) que ficou mais satisfeita em 2006, também é a que tem melhores expectativas para 2007”, observou o economista.


 


 


 


 


 

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