O PMDB definiu seu apoio à candidatura do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para a Presidência da Câmara, em reunião da bancada do partido realizada na tarde desta terça-feira. Foram 46 votos a favor de Chinaglia e 11 votos para o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Seis deputados se manifestaram contra ambos e houve uma abstenção.
Ao lado de Arlindo Chinaglia, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que a proposta que mais sensibilizou a bancada foi a do PT. “O PT reconhece o direito do PMDB de ocupar a primeira posição.
O PMDB definiu seu apoio à candidatura do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para a Presidência da Câmara, em reunião da bancada do partido realizada na tarde desta terça-feira. Foram 46 votos a favor de Chinaglia e 11 votos para o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Seis deputados se manifestaram contra ambos e houve uma abstenção.
Ao lado de Arlindo Chinaglia, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que a proposta que mais sensibilizou a bancada foi a do PT. “O PT reconhece o direito do PMDB de ocupar a primeira posição. No entanto, nosso partido optou por um acordo político. Neste primeiro biênio, o PMDB apóia a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia, certo de que no segundo biênio, como comprometido, a proposta é de apoiar o PMDB”, afirmou.
O líder do governo avaliou o apoio do PMDB como o fato político mais importante da campanha à Presidência da Câmara. Chinaglia agradeceu a confiança depositada em sua candidatura e disse que sai fortalecido, mas preferiu não exagerar no otimismo. “Evidentemente que a decisão do PMDB fortalece sobremaneira a nossa candidatura. Não seria presunçoso para dizer que agora tenho a maioria na Casa. Porém, mesmo antes da decisão formal do PMDB, eu atuava com moderado otimismo. Eu diria então que meu otimismo aumentou um pouquinho”, destacou.
Maiores bancadas
O apoio do PMDB dá ao candidato do PT uma força expressiva na disputa, pois passa a contar com o apoio das duas maiores bancadas da Câmara – o PMDB elegeu 89 deputados para a próxima legislatura, que começa no dia 2 de fevereiro, e o PT, 83.
Na análise do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), o líder do governo sai bastante fortalecido com a decisão do PMDB. “Acho que o PMDB serve como fator de atração. Arlindo sai extremamente fortalecido. Não que signifique imediata derrota do Aldo. Mas a decisão descortina uma cena que atrai outros para dizer: o Arlindo é uma candidatura não só competitiva, mas é uma candidatura que passa a ter apoio majoritário de partidos.”
O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) comentou a decisão tomada pelos 64 deputados presentes, a maioria da bancada. “A decisão adotada hoje servirá como a posição do partido, inclusive com a recomendação da Executiva Nacional”, disse.
O PMDB enviará agora para a Executiva do partido a ata da decisão da bancada que decidiu apoiar o candidato do PT à Presidência da Câmara.
Conquista do PSDB
Chinaglia falou que a posição assumida pelo PMDB vai ajudá-lo a conquistar o apoio do PSDB. “Essa decisão do PMDB, na minha opinião, vai ter uma forte influência na posição do PSDB. Por quê? Ele vem, por intermédio das suas variadas lideranças, dizendo que respeita e se orienta principalmente pela proporcionalidade, que é a orientação que o PT e o PMDB tiveram na linha de produzir o acordo de conhecimento público”, disse.
O líder do governo também afirmou que vai continuar trabalhando em sintonia com a base aliada e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera a eleição do presidente da Câmara para os próximos dois anos uma questão institucional, uma vez que se trata do Legislativo – um poder independente, como prevê a Constituição.
Nesta quarta-feira, Chinaglia passará o dia em Porto Alegre, onde conversará com a bancada gaúcha do PT e com a governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB). Ele também fará uma visita à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Agência Câmara, 10 de janeiro de 2007.