A série de ataques de criminosos e o clima de insegurança elevou em 5% a contratação de seguranças particulares no Rio, informou o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), Frederico Carlos Camara. O reforço no efetivo envolve restaurantes, bares, hotéis e lojas, em bairros da Zona Sul e na Barra da Tijuca.
A série de ataques de criminosos e o clima de insegurança elevou em 5% a contratação de seguranças particulares no Rio, informou o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), Frederico Carlos Camara. O reforço no efetivo envolve restaurantes, bares, hotéis e lojas, em bairros da Zona Sul e na Barra da Tijuca. Em shopping centers, a contratação adicional de vigilantes, apuradas pelas empresas do setor, é temporária como medida de segurança até que a secretaria estadual de Segurança Pública tome medidas contundentes contra o crime organizado.
Camara mostra-se otimista com a disposição do governador, Sérgio Cabral Filho (PMDB), em reduzir índices de criminalidade no Estado e animado com a elaboração de projetos diferentes aos adotados pela ex-governadora Rosinha Matheus (PMDB) no esquema de policiamento ostensivo nas principais vias expressas da cidade. O empresário, entretanto, ressalta que é impossível as forças policiais (PM e Polícia Civil) atenderem de modo efetivo todas as ocorrências, fator que cria uma lacuna para a segurança privada preencher.
“A aliança entre segurança pública e privada é fundamental e ambas se complementam. Esta sinergia é vital para coibir a atuação de vigilantes que atuam de forma irregular, principalmente na vigilância de residências e o comércio em geral. O setor no Estado do Rio cresceu 30% em 2006 em uma resposta de uma parcela da sociedade com maior poder aquisitivo com medo de andar à noite e ter impedida a liberdade”, afirma, acrescentando que o contingente de vigilantes chega a 45 mil no Estado, enquanto na capital o número atinge 25 mil.
Clandestinos
O mercado irregular é o maior entrave para o crescimento do setor. Estimativas extra-oficiais mostram que o segmento no País poderia obter incremento de R$ 7 bilhões no desempenho global, caso fosse reprimido o mercado paralelo. Segundo informações do Ministério da Justiça, que regulamenta o setor, o número de empresas com autorização para funcionamento vem reduzindo de forma modesta. Em 2003, 1.896 empresas receberam alvarás, enquanto em 2006, o contingente caiu para 1,8 mil em 2006 por não atenderem exigências mínimas. “Esta redução já sinaliza uma preocupação da PF em não permitir que empresas com ingerência entrem no mercado”, diz Camara.
O monitoramento eletrônico no comércio varejista cresceu 15% em 2006 em comparação a 2005, informa Câmara. A expansão é atribuída à busca de lojistas na proteção de mercadorias de alto valor agregado. “A instalação de equipamentos, contudo, é um suporte tecnológico aos vigilantes privados e contribui para aumentar a dificuldade de invadir centros comerciais”, afirma.
Fenavist defende o uso de armas mais modernas
O presidente da Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Jefferson Simões, defende a modernização do armamento dos profissionais legalizados em função do poder de fogo de criminosos. A mudança depende da aprovação da alteração da Lei 7.102/83, que regulamenta as características do armamento dos vigilantes.
Nos serviços de escolta, é permitido ao vigilante portar uma carabina, escopeta calibre 12, ou revólver calibre 38, enquanto no embarque e desembarque de dinheiro em pontos na cidade (cofres de agências bancárias e comércio), a permissão se restringe aos revólveres de calibre 32 e 38.