A inadimplência de pessoa jurídica no país teve alta de 9,9% no mês de janeiro na comparação com dezembro de 2006, e de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. A maior participação foi dos títulos protestados, que apresentaram alta, enquanto nas demais modalidades de crédito – cheques e dívidas com instituições financeiras – os índices ficaram abaixo e praticamente estáveis ante o mês imediatamente anterior, respectivamente.
A inadimplência de pessoa jurídica no país teve alta de 9,9% no mês de janeiro na comparação com dezembro de 2006, e de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. A maior participação foi dos títulos protestados, que apresentaram alta, enquanto nas demais modalidades de crédito – cheques e dívidas com instituições financeiras – os índices ficaram abaixo e praticamente estáveis ante o mês imediatamente anterior, respectivamente. Os dados são da Serasa.
Segundo os analistas da empresa, apesar de alta, a taxa estava dentro da expectativa, tendo ficado bem inferior ao crescimento observado em janeiro de 2006 ante igual mês do ano anterior, de 16,3%. “Devemos lembrar que o crédito às empresas sumiu mais que o esperado. A previsão era de crescer 18,5% no ano passado, e acabou com um acréscimo de 22,1%”, disse o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida.
Os títulos protestados voltaram a ocupar o primeiro lugar na representatividade da inadimplência das empresas, com 39,6% de participação em janeiro de 2007. No mês anterior, os protestos tiveram peso de 39,2%. Em segundo lugar ficaram os cheques sem fundos, com um peso ligeiramente inferior ao dos protestos (39%), em janeiro deste ano, enquanto no mês anterior haviam registrado participação de 39,3% dentre as modalidades de crédito. Em terceiro lugar na representatividade do indicador, com participação de 21,4%, em janeiro deste ano, permanecem as dívidas com bancos, com percentual ligeiramente abaixo do peso registrado em dezembro, de 21,5%.
No mês de janeiro de 2006, a participação de títulos protestados foi de 40,6%, o de cheques sem fundos foi de 39,6%, e as dívidas com instituições financeiras de 19,8%.
Em janeiro de 2007, o valor médio das anotações de títulos protestados das pessoas jurídicas ficou em R$ 1.387,31. Os cheques sem fundos registraram valor médio de R$ 1.170,38, e as dívidas com bancos atingiram R$ 4.040,29, em janeiro deste ano. No primeiro mês de 2007, houve um aumento de 20,3% no valor médio das anotações das dívidas com bancos e de 1,6% no valor médio dos títulos protestados, em relação a janeiro de 2006. Já o valor médio dos registros de cheques sem fundos em janeiro de 2007 diminuiu 8,2% em relação a janeiro de 2006. Em dezembro, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 3.714,24, enquanto que o de títulos protestados foi de R$ 1.400,29, e o de cheques sem fundos foi de R$ 1.223,51.
Segundo Almeida, a alta na inadimplência das empresas nos períodos apurados decorreu do grande aumento no crédito concedido às empresas em 2006, cujo crescimento foi de 22,1% no ano, superando as expectativas. Outros motivos foram a permanência dos juros elevados, a queda da rentabilidade das empresas exportadoras, devido ao real valorizado, e o mau dimensionamento das compras e estoques no último trimestre de 2006, para atender às demandas do Dia das Crianças e do Natal.
A concessão de crédito sem metodologia adequada associada ao elevado comprometimento da renda dos consumidores, com o pagamento das dívidas típicas de início de ano também contribuíram para o aumento na inadimplência das empresas. No entanto, para a Serasa, os indicadores atuais de inadimplência não indicam tendência.
Os índices serão influenciados favoravelmente com a prática do cadastro positivo sobre o crédito. Essa nova metodologia possibilitará ao estabelecimento adotar políticas mais adequadas aos diversos tomadores de crédito, o que significará maior segurança nessas transações e, portanto, redução de custos e ampliação de recursos e abrangência, tanto para pessoa física quanto para jurídica.