As exportações brasileiras cresceram, novamente, mais impulsionadas pelo aumento de preços do que pela quantidade de produtos vendidos ao exterior. Em janeiro, os preços das vendas externas avançaram 10,3%, enquanto o volume cresceu 3,1% em relação a igual mês do ano passado. Já o cenário das importações é bem diferente.
As exportações brasileiras cresceram, novamente, mais impulsionadas pelo aumento de preços do que pela quantidade de produtos vendidos ao exterior. Em janeiro, os preços das vendas externas avançaram 10,3%, enquanto o volume cresceu 3,1% em relação a igual mês do ano passado. Já o cenário das importações é bem diferente. Além de aumentarem acima das exportações, o bom desempenho esteve ancorado na expansão da quantidade importada, que subiu expressivos 26,8% na comparação com janeiro de 2006.
Nas exportações, o destaque positivo em termos de preço continua a ser o crescimento dos semimanufaturados, que avançaram 20,2% no primeiro mês de 2007 em relação a igual período do ano passado. No acumulado em 12 meses, a alta é de 19,5%, acima do resultado total das exportações para essa comparação, que ficou em 12,3%, de acordo com dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). O desempenho dos preços dos semimanufaturados melhor do que os das demais categorias de produtos tem ocorrido desde junho de 2006, puxado pelas commodities internacionais.
A forte demanda externa por produtos como aço explica um aumento vigoroso não só nos preços, mas também no volume exportado desses produtos. No primeiro mês do ano, esse indicador subiu 13%, sendo também a principal alta do mês. Os básicos cresceram 9,2% e os produtos manufaturados, 4,6%.
Apesar do pequeno crescimento na quantidade, no quesito preço os manufaturados mostraram incremento de 10,6% em janeiro, sempre em relação ao mesmo mês do ano passado. Em 12 meses, a quantidade exportada desses bens cresceu apenas 2%, enquanto os preços subiram 12,4%. Na avaliação da Funcex, o volume exportado em manufaturados pode registrar, nos próximos meses, queda no acumulado de 12 meses.
Nas importações, o melhor resultado em termos de quantum ficou com os bens de capital – máquinas e equipamentos -, com elevação de 40,4%. Em contrapartida, os preços desses produtos apresentaram queda de 4,6%. No acumulado em 12 meses, a alta na quantidade importada é de 25% e os preços estão praticamente estáveis, com variação de 0,3%. Em bens intermediários, que abastecem a indústria doméstica, a alta no volume comprado no exterior também foi expressiva, mas inferior ao conjunto das importações – 22,9% em relação a janeiro e 16,4% em 12 meses.
A importação de combustíveis também subiu bem em janeiro, com aumento de 38,9% na quantidade importada na comparação com igual mês do ano passado e de 8,4% na variação acumulada em 12 meses. Nesta última comparação, os preços subiram 21,7%. Os bens de consumo não-duráveis, apesar de terem mostrado incremento de 17,7% no quantum importado em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2006, tiveram a menor alta do mês em termos de preços: 9,9%. Em 12 meses, porém, eles têm elevação de pouco mais de 13% tanto no volume quanto no preço das importações.