A inadimplência dos consumidores cresceu 7,3% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado, apontou o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física. Segundo a entidade, no mês de fevereiro último, o aumento foi de 9,7%. Já na relação com janeiro deste ano, o indicador registrou queda de 2,7%. De acordo com o assessor econômico do Serasa, Carlos Henrique de Almeida, a principal causa do crescimento do índice no segundo mês deste ano foi o calendário, já que em função dos feriados o mês teve apenas 17 dias úteis.
A inadimplência dos consumidores cresceu 7,3% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado, apontou o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física. Segundo a entidade, no mês de fevereiro último, o aumento foi de 9,7%. Já na relação com janeiro deste ano, o indicador registrou queda de 2,7%. De acordo com o assessor econômico do Serasa, Carlos Henrique de Almeida, a principal causa do crescimento do índice no segundo mês deste ano foi o calendário, já que em função dos feriados o mês teve apenas 17 dias úteis. Com base no levantamento divulgado ontem, as dívidas com bancos foram responsáveis por 36,8% da inadimplência em fevereiro. O percentual ficou acima do registrado em igual mês de 2006, quando houve 31,7% de participação. Na segunda posição ficaram as dívidas com cartões de crédito e financeiras, com participação de 31,2% no indicador. Em fevereiro do ano passado, as dívidas com cartões e financeiras haviam registrado 32%. Os cheques sem fundo apareceram em terceiro lugar, com representatividade de 29,3% em fevereiro de 2007, abaixo dos 33,4% verificados em igual período de 2006.
Protestos
Cmo menor peso na inadimplência das pessoas físicas, os protestos apresentaram queda de 0,2 pontos percentuais, ficando em 2,7% este ano, informou a Serasa. No primeiro bimestre deste ano, o valor médio das anotações de cheques sem fundo de pessoas físicas foi de R$ 598,29. As dívidas com bancos registraram valor médio de R$ 1.287,24, as com cartões de crédito e financeiras R$ 330,53 e os registros de títulos protestados, em igual período, ficaram em R$ 805,78.
As anotações das dívidas com cartões de crédito e financeiras no bimestre aumentaram 7,8% e 17,1%, respectivamente, no valor médio dos registros de inadimplência das dívidas com bancos. O valor médio dos registros de cheques sem fundo no primeiro bimestre deste ano aumentou 10% na comparação com 2006 e dos protestos apresentou alta de 5,4%. Segundo analistas da Serasa, o aumento da inadimplência ocorreu, sobretudo, devido ao crescimento do endividamento, com o crédito consignado e financiamentos. “Como acontece em todo início de ano, o parcelamento das compras de Natal, o pagamento de impostos e as despesas escolares representam pressão no orçamento, que é refletido na inadimplência”, disse Almeida.
Brasil pretende elevar tarifa no Mercosul
O governo vai pedir autorização aos demais parceiros do Mercosul para elevar para 35% a Tarifa Externa Comum (TEC) de calçados, móveis e têxteis e confecções, para compensar esses setores pelas perdas nas exportações por causa da desvalorização do dólar.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, Argentina, Uruguai e Paraguai já foram consultados sobre a alteração. “Foi discutido com os parceiros e há uma boa possibilidade de implementação nos próximos 90 dias”, disse.
Em teoria, subir a TEC aumenta a competitividade dos produtos dos parceiros no mercado brasileiro, mas o governo ainda não obteve resposta. Segundo Furlan, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) vai analisar um projeto que seleciona os itens de cada setor que terão a tarifa elevada e até o final de abril o projeto será submetido à aprovação do Grupo Mercado Comum do Mercosul.
Atualmente, a média da TEC é de 20% para calçados e têxteis e de 18% para móveis.