O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,38% em março, mostrando alta em relação ao 0,28% de fevereiro. Os preços agrícolas no atacado foram os principais responsáveis pela aceleração do indicador, com aumento de 1,66% – no mês anterior, o avanço tinha sido de 1,02%. A inflação do subgrupo alimentos in natura passou de 0,1% para 8,1%.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,38% em março, mostrando alta em relação ao 0,28% de fevereiro. Os preços agrícolas no atacado foram os principais responsáveis pela aceleração do indicador, com aumento de 1,66% – no mês anterior, o avanço tinha sido de 1,02%. A inflação do subgrupo alimentos in natura passou de 0,1% para 8,1%. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o IGP-10 com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Com essa pressão sobre os produtos agrícolas, o Índice de Preços no Atacado (IPA), com peso de 60% no IGP-10, acelerou-se de 0,16% em fevereiro para 0,41% em março. O economista Gian Barbosa, da Tendências Consultoria Integrada, avalia que não há motivos para preocupação, por considerar que as elevações mais fortes de preços foram concentradas nos grupos de animais e derivados e frutas e legumes. “São pressões localizadas, comuns a essa época do ano, que costumam arrefecer em abril”, afirma Barbosa.
Os preços de aves no atacado subiram 19,19% em março, disparando em relação aos 2,76% registrados em fevereiro. As cotações dos ovos também tiveram aceleração significativa, de 0,6% para 19,49%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-10, teve alta de 0,38% em março, abaixo do 0,54% do mês anterior. A queda no IPC se deveu principalmente à desaceleração no grupo educação, leitura e recreação, que passou de 1,58% para 0,13%, e no de transportes, que recuou de 0,79% para 0,18%. Na contramão, os grupos vestuário, saúde e cuidados pessoais e despesas diversas tiveram alta de preços na comparação com fevereiro.
O grupo alimentação ficou praticamente estável, com alta de 1,4% em março, um pouco abaixo do 1,41% registrado no mês anterior. Alguns alimentos tiveram altas muito expressivas no período, como cenoura (32,04%) e manga (26,71%).
Segundo Barbosa, o comportamento do IPC está dentro do esperado. Ele projeta uma alta de de 3,9% para os IGPs no ano, e não pretende mudar sua previsão mesmo depois de o IGP-10 de março ter superado sua estimativa, que era de 0,28%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-10, teve alta de 0,21% em março, uma queda em relação ao 0,39% do mês anterior. (Com Valor Online)