Comércio reage, e vendas aumentam 1,8% em janeiro

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Depois de um final de ano fraco, as vendas do comércio varejista reagiram em janeiro e cresceram 1,8% em volume na comparação livre de efeitos sazonais com o mês de dezembro, quando haviam caído 0,2%.

Depois de um final de ano fraco, as vendas do comércio varejista reagiram em janeiro e cresceram 1,8% em volume na comparação livre de efeitos sazonais com o mês de dezembro, quando haviam caído 0,2%. Foi o melhor desempenho desde agosto de 2006 (2,6%).


Em relação a janeiro do ano passado, as vendas subiram 8,5%, a mais alta taxa de toda a série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2001.


Segundo o IBGE, liquidações de estoque, preços relativamente estáveis, crédito farto, massa salarial em alta e juros mais baixos impulsionam as vendas.


“O comércio retomou a sua trajetória de crescimento em janeiro e não há nada no cenário macroeconômico que indique que essa tendência deva mudar”, disse Reinaldo Pereira, economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.


As queimas de estoque de grandes redes varejistas impulsionaram principalmente as vendas de móveis e eletrodomésticos. A alta foi de 17,5% em janeiro, após uma retração de 8,4% em dezembro. Na comparação com janeiro de 2006, a expansão foi ainda mais intensa: 24,1%.


De dezembro para janeiro, também puxaram as vendas do varejo para cima os ramos de hiper e supermercados (1,7%), combustíveis (2,7%) e vestuário e calçados (3,1%) -este último também beneficiado por promoções.


Carlos Thadeu de Freitas, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), diz que o varejo “teve desempenho bastante razoável em janeiro”, mas que não se deve “extrapolar esse resultado” para todo o ano de 2007. Ou seja: ele acredita em desaceleração do setor nos próximos meses.


O economista estima uma expansão menor do comércio neste ano, já que o crescimento foi bastante forte em 2006 (6,2%), elevando a base de comparação. A CNC projeta um incremento de 5% nas vendas em 2007. Para Freitas, o “crédito fácil” e com prazos mais dilatados permitiram a expansão do comércio em janeiro.


 

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