Pequenas empresas aderem ao comércio eletrônico

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A economia digital será a base do desenvolvimento sustentável e a principal fonte de geração de riqueza das nações no século XXI. Essa foi a tônica do Ciclo de Seminários – Comércio Eletrônico para Micro, Pequena e Média Empresa, realizado ontem no Sebrae/RJ. O comércio eletrônico, ou e-commerce, tem sido utilizado por empresas de diferentes portes como ferramenta de venda e aproximação com o cliente.

A economia digital será a base do desenvolvimento sustentável e a principal fonte de geração de riqueza das nações no século XXI. Essa foi a tônica do Ciclo de Seminários – Comércio Eletrônico para Micro, Pequena e Média Empresa, realizado ontem no Sebrae/RJ. O comércio eletrônico, ou e-commerce, tem sido utilizado por empresas de diferentes portes como ferramenta de venda e aproximação com o cliente. De acordo com o último relatório Web Shoppers, a estimativa para este ano é que o faturamento cresça 45% em relação ao ano anterior e atinja R$ 6,4 bilhões em vendas de bens de consumo realizadas diretamente ao consumidor final.


De acordo com Pedro Guasti, da e-bit, empresa de pesquisa e marketing on line, o fator que deverá impulsionar o comércio eletrônico no País este ano é a adesão de consumidores às vantagens oferecidas pela internet, como praticidade, comodidade e velocidade. Para ele, a estabilização do dólar e a inserção da classe C no e-commece por meio de projetos de inclusão digital, além do aumento de venda de computadores populares também devem contribuir para o crescimento do setor.


“A expectativa é que quase 3 milhões de pessoas que possuem acesso à internet, mas nunca fizeram suas compras sem sair de casa, experimentem pela primeira vez os serviços oferecidos pelas lojas virtuais brasileiras”, informa Guasti. O executivo conta que o ranking de produtos mais vendidos na web deve sofrer alterações. A categoria de CDs, DVDs e vídeos deverá perder a primeira posição na lista de mais vendidos devido à concorrência dos novos formatos digitais e a pirataria.


Segundo Guasti, o horizonte do comércio eletrônico é bastante promissor, principalmente se a barreira da insegurança de comprar on-line, uma das principais preocupações dos clientes, for superada aos poucos. Dessa forma, novos consumidores começarão a fazer parte deste mercado. Guasti revela também que 40% das pessoas que fazem compras pela rede visita alguma loja física antes de decidir a compra pela internet.


Para proporcionar às pequenas e microempresas uma oportunidade de comercialização pela internet, a partir de 26 de abril, o Sebrae lançará a Bolsa de Negócios, central com objetivo de estimular negócios via internet para as empresas. Segundo a coordenadora Jaqueline Garcia, o projeto será um canal de divulgação que permitirá a inclusão das pequenas e microempresas na economia digital, além de proporcionar a elas maior competitividade no negócio.”As empresas que decidirem participar da Bolsa de Negócios devem estar atentas principalmente ao quesito logística porque, no comércio eletrônico, a entrega do produto no prazo é uma questão fundamental”, avalia.


Wilson Celeste concorda com Jaqueline. Proprietário da Bit Cão, loja virtual que vende produtos para treinamento de cães há cinco anos, considera que as maiores vantagens do comércio eletrônico são a possibilidade de comercializar em todo o Brasil sem restrição de regiões, além de não ser necessário pagar aluguel de uma loja física. Apesar disso, existem dificuldades.


“Tenho grande despesa com telefonemas e a maior dificuldade ainda são os custos com o frete de entrega para os clientes, que é fator essencial para o sucesso do negócio. As transações comerciais com cartão de crédito ainda são caras e algumas administradoras não estão prontas para aceitar transações eletrônicas diretas no site”, diz ele.


Entrega


Susana Koeler também quer começar a vender seus produtos via web. A empresária há 12 anos tem uma loja de equipamentos de informática no Centro do Rio de Janeiro, a Infopix, e gostaria de conciliar o empreendimento com uma loja virtual. Contudo, como a idéia é recente, ainda está pesquisando a melhor maneira de entrar neste mercado. “Acho que a maior dificuldade seria na entrega, mas percebo que os consumidores têm receio de que o processo de informar o número do cartão de crédito na internet não seja seguro até hoje. Mas pretendo, em breve, iniciar o comércio on-line”, completa Susana, que também participou ontem do seminário.




 

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