A indústria brasileira iniciou 2007 melhor que 2006, segundo mostraram os indicadores industriais de janeiro, divulgados ontem pelo Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, os dados apontam para um quadro semelhante ao do segundo semestre do ano passado: vendas reais e emprego seguem em alta, enquanto as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada mostram estabilidade.
Para o economista da CNI Paulo Mol, mesmo que não haja alta nos indicadores industriais neste ano, os números já serão melhores que em 2006.
A indústria brasileira iniciou 2007 melhor que 2006, segundo mostraram os indicadores industriais de janeiro, divulgados ontem pelo Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, os dados apontam para um quadro semelhante ao do segundo semestre do ano passado: vendas reais e emprego seguem em alta, enquanto as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada mostram estabilidade.
Para o economista da CNI Paulo Mol, mesmo que não haja alta nos indicadores industriais neste ano, os números já serão melhores que em 2006. Segundo os dados da pesquisa de janeiro, as vendas da indústria ficaram num patamar 3,7% superior ao crescimento médio registrado em 2006. ‘Esse ‘efeito carregamento’ mostra que mesmo que não cresça nada este ano, ainda assim teríamos um crescimento nas vendas de 3,7% em 2007′, explicou Mol. No início de 2006, esse efeito havia sido negativo em relação ao ano anterior.
As vendas reais subiram 6% sobre janeiro de 2006 e 3% em relação a dezembro, descontando os efeitos sazonais entre os dois períodos. Os setores que mais influenciaram o desempenho positivo foram refino, álcool e produtos químicos, responsáveis por 60% do aumento nas vendas.
Já nas horas trabalhadas, indicador que mede o ritmo da produção, o efeito do resultado de 2006 neste ano é negativo em 0,4%. Ainda assim, é melhor que do que o quadro no início de 2006. O indicador apresentou uma queda de 1,3% em janeiro na comparação com dezembro. ‘Pode ser indicativo de redução de estoque ou de maturação de investimentos’, disse Mol. ‘Mas precisamos esperar mais um pouco para chegar a uma conclusão’. As horas trabalhadas na produção não crescem há seis meses na comparação com o mês anterior, destoando dos dados de vendas reais. No entanto, em relação a janeiro do ano passado, o indicador subiu 3%, puxado pelo setor de alimentos e bebidas.
A utilização da capacidade instalada iniciou o ano 0,3 ponto porcentual acima do patamar médio do ano passado, ficando em 80,9% em janeiro. O indicador mostra praticamente uma estabilidade nos últimos meses. ‘Isso indica que a economia está crescendo sem gerar pressão na capacidade instalada’, avalia Mol.
No indicador que mede o emprego industrial, o ano começa com uma alta garantida de 1,8% em relação ao ano passado, como reflexo desse ‘efeito carregamento’. O emprego industrial cresce há 14 meses consecutivos e apresenta alta de 3,6% em relação a janeiro de 2006.