O faturamento do varejo paulistano cresceu 4,5% no primeiro bimestre deste ano ante igual intervalo do ano passado, impulsionado principalmente pelo setor de veículos e de material de construção.
O faturamento do varejo paulistano cresceu 4,5% no primeiro bimestre deste ano ante igual intervalo do ano passado, impulsionado principalmente pelo setor de veículos e de material de construção. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), responsável pelo levantamento, avalia que o desempenho continua associado à expansão do crédito e ao aumento do poder de compra dos consumidores.
A elevação acumulada nos primeiros dois meses de 2007 ocorreu sobre uma base comparativa alta, já que no primeiro bimestre do ano passado o faturamento do setor havia crescido 5%. Só em fevereiro, a receita do comércio cresceu 1,1% ante igual mês do ano passado, com expansão em sete das nove atividades analisadas pela entidade. Os dados foram coletados pela Fecomercio junto a cerca de 1.800 empresas na região metropolitana de São Paulo.
Os principais destaques de venda ocorreram nas concessionárias de veículos, onde o faturamento aumentou 18,3%, e nas lojas de material de construção, que registraram elevação de 14% em relação a fevereiro do ano passado. No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, o crescimento foi de 26,6% e 13,7%, respectivamente. Mais uma vez a recuperação do poder de compra e as facilidades de crédito, com aumento de prazo e taxas menores de juros, foram os fatores decisivos para o bom desempenho desses segmentos.
A redução do IPI para alguns produtos e o aquecimento do setor imobiliário também contaram no caso das lojas de material de construção. As liquidações de início de ano e as facilidades de financiamento das compras colaboraram para o aumento dos ganhos.
Mostraram recuperação as lojas de móveis de decoração, onde a receita avançou 6,7% ante fevereiro do ano passado, e as de vestuário, tecidos e calçados, que apontaram faturamento 4,7% maior no período. Na ponta negativa do indicador chama atenção o desempenho do segmento de supermercados, que apurou queda real de 9,2% no faturamento de fevereiro, em relação igual mês de 2006.