Saldo comercial acumulado em 12 meses tem 1ª queda desde 2001

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Depois de seis anos em alta, o saldo da balança comercial em 12 meses caiu pela primeira vez na comparação com o período anterior e deu início ao esperado processo de queda nos superávits comerciais. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo nos 12 meses terminados em março atingiu US$ 45,535 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 45,656 bilhões de igual período de 2006.


No mês passado, o saldo da balança ficou positivo em US$ 3,323 bilhões, 8,56% menor do que o de março de 2006.

Depois de seis anos em alta, o saldo da balança comercial em 12 meses caiu pela primeira vez na comparação com o período anterior e deu início ao esperado processo de queda nos superávits comerciais. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo nos 12 meses terminados em março atingiu US$ 45,535 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 45,656 bilhões de igual período de 2006.


No mês passado, o saldo da balança ficou positivo em US$ 3,323 bilhões, 8,56% menor do que o de março de 2006. No primeiro trimestre, o superávit ficou em US$ 8,698 bilhões, 6% inferior ao mesmo período do ano passado.


O comportamento mais fraco da balança no ano reflete a expansão acelerada das importações, que atingiram os recordes de US$ 9,532 bilhões em março e de US$ 25,221 bilhões no primeiro trimestre. A média diária das importações no mês passado cresceu 28,9% em relação a março de 2006 e, no primeiro trimestre, 27,3% ante igual período do ano passado.


Segundo o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, a tendência é que os superávits em 12 meses caiam a partir de agora. Isso reflete o aumento das importações, apesar de as exportações continuarem em alta, tendo até batido o recorde para o trimestre, chegando a US$ 33,919 bilhões – média diária 17,3% maior do que no primeiro trimestre de 2006.


Em março, as exportações subiram, pela média diária, 18,2% ante igual mês de 2006, somando US$ 12,855 bilhões, recorde para o mês. “Se as taxas de crescimento das exportações e importações continuarem na mesma magnitude, todos os meses o saldo ficará menor que no ano passado.”


Segundo Meziat, por enquanto o aumento nas importações é bom para a economia. “As maiores importações reduzem o saldo comercial e com isso a pressão sobre o dólar, o que dá melhores perspectivas.”


Os dados do ministério mostram que as importações de bens de capital subiram 24,6% no trimestre e as de matérias-primas e produtos intermediários avançaram 28,1%. Somados, os dois itens representam mais de 70% das importações. “Isso mostra que a indústria está demandando para produzir mais e reduzir custos para competir com os importados”, afirmou Meziat.


Já as importações de bens de consumo subiram 39% no trimestre. Apesar disso, representaram apenas 13,2% das compras do País. Meziat disse que o aumento nas importações de bens de consumo reflete o câmbio valorizado, mas ainda não preocupa. “Será preocupante quando se tornar avassalador. Não vejo ainda problema, talvez em um setor ou outro.”


Do lado das exportações, os manufaturados subiram 13,2% no primeiro trimestre pela média diária, enquanto os básicos avançaram 25,1%. Meziat destacou que cresceu não apenas o valor, mas a quantidade exportada. Em janeiro e fevereiro, o preço das exportações subiu em média 9,1%, enquanto a quantidade subiu 7,1%.




 

 

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