O programa brasileiro de biocombustíveis e o aquecimento global foram os principais temas do encontro de parlamentares brasileiros e alemães, na quinta-feira (19), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). As duas questões voltam a ser debatidas em encontro previsto para junho, no Parlamento alemão. A delegação alemã era composta por seis deputados e uma deputada.
Ao abrir a reunião, o presidente da CRE, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), ressaltou a tradição de amizade entre os dois países.
O programa brasileiro de biocombustíveis e o aquecimento global foram os principais temas do encontro de parlamentares brasileiros e alemães, na quinta-feira (19), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). As duas questões voltam a ser debatidas em encontro previsto para junho, no Parlamento alemão. A delegação alemã era composta por seis deputados e uma deputada.
Ao abrir a reunião, o presidente da CRE, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), ressaltou a tradição de amizade entre os dois países. O vice-presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também deu as boas-vindas aos visitantes e recordou o grande número de descendentes de alemães no Brasil.
Participando do debate, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) quis saber a opinião dos visitantes a respeito do programa brasileiro de produção de etanol. A deputada Bärbel Höhn, vice-presidente do Grupo Parlamentar Alemanha-Brasil, afirmou que o projeto é visto com interesse no seu país. Ressalvou, porém, que existe dúvida se a produção de álcool não estaria prejudicando a de alimentos. Ela informou que está em discussão o estabelecimento, pela União Européia, de normas de certificação para a importação de etanol.
Em resposta a uma pergunta da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), a deputada Bärbel Höhn, do Partido Verde, explicou o chamado “imposto ecológico”, por meio do qual se tributa mais o consumo de energia para ajudar a financiar a seguridade social.
Alimentos
O deputado alemão Lothar Mark, do Partido Social-Democrata, defendeu a ampliação do comércio entre as duas nações. Ele observou que as trocas entre a Alemanha e a América Latina representam apenas 2% do total do comércio exterior de seu país.Respondendo a indagação de Lothar, quanto ao interesse do Brasil e da Alemanha em obter assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Eduardo Suplicy (PT-SP) disse considerar importante que os dois países “cooperem” no conselho.
Atendendo a questão formulada por Mão Santa (PMDB-PI), o deputado Kurt Rossmanith, presidente do grupo parlamentar, afirmou que os salários dos professores de nível superior na Alemanha são “mais do que aceitáveis”.
Responsabilidade
Serys relatou sua participação em reunião de parlamentares do grupo G8+5 – os oito países mais desenvolvidos e os cinco principais emergentes – em Washington, quando defendeu a “responsabilidade diferenciada” das nações em relação ao aquecimento global. Segundo a senadora, ficou decidida a realização de um novo encontro, em Berlim, em junho, e de um seminário internacional no Brasil sobre o assunto, no início do próximo ano.
Jornal do Senado, 20 de abril de 2007.