O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) e consultor legislativo da Câmara Octaciano Nogueira ressaltou há pouco a existência de uma lentidão histórica nos processos de reforma política no Brasil. Como exemplo, ele lembrou a demora da implantação de eleições diretas, proposta pela primeira vez no Império, em 1835, e concretizada em 1881. Agora, afirmou, o que enfrenta lentidão é o atual processo de reforma política.
Nogueira participa de seminário do PPS sobre o assunto.
O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) e consultor legislativo da Câmara Octaciano Nogueira ressaltou há pouco a existência de uma lentidão histórica nos processos de reforma política no Brasil. Como exemplo, ele lembrou a demora da implantação de eleições diretas, proposta pela primeira vez no Império, em 1835, e concretizada em 1881. Agora, afirmou, o que enfrenta lentidão é o atual processo de reforma política.
Nogueira participa de seminário do PPS sobre o assunto. O encontro é o primeiro de uma série de seminários preparatórios da Conferência Caio Prado Júnior, marcada para agosto, em Brasília. O objetivo é discutir os rumos da esquerda democrática e seu projeto para o Brasil.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que também participa do encontro, afirmou que os projetos da reforma política, em análise na Câmara, são insuficientes e não abordam todos os pontos do processo. A reforma política, em sua opinião, restringe-se a “fazer remendos no sistema eleitoral” e não modifica o sistema político de fato.
Erundina, que foi integrante da Comissão Especial da Reforma Política, criticou o Congresso por abordar o tema apenas para reagir a crises e o fato de, a cada eleição, os candidatos assumirem compromissos com a reforma e não tirá-la do discurso. “Predominam os interesses individuais, de como determinado aspecto da reforma vai ajudar ou prejudicar os que se elegem ou reelegem. Não há uma visão estratégica sobre o tema e muito menos um compromisso político com ele”, disse. Ela defendeu ainda a participação de toda a sociedade no debate e disse que parlamentares e partidos tem a tarefa de ampliar a discussão.
CNC, 8 de maio de 2007.