Gazeta Mercantil Editoria: Nacional Página: A-4
A indústria brasileira encerrou o primeiro trimestre com todos os indicadores em alta. Vendas, horas trabalhadas e empregos cresceram nos três primeiros meses do ano e fizeram com que o ritmo de expansão do setor continuasse em ritmo semelhante ao observado no final de 2006.
Além disso, os números reforçam o cenário de expansão da indústria de até 4,5% em 2007.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam, contudo, que o crescimento da atividade industrial é bastante concentrada.
Gazeta Mercantil Editoria: Nacional Página: A-4
A indústria brasileira encerrou o primeiro trimestre com todos os indicadores em alta. Vendas, horas trabalhadas e empregos cresceram nos três primeiros meses do ano e fizeram com que o ritmo de expansão do setor continuasse em ritmo semelhante ao observado no final de 2006.
Além disso, os números reforçam o cenário de expansão da indústria de até 4,5% em 2007.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam, contudo, que o crescimento da atividade industrial é bastante concentrada. Apenas cinco setores responderam por 90% do crescimento do trimestre.
Conforme relatório divulgado ontem pela CNI, o trimestre terminou com vendas reais 4,1% maiores que as observadas em igual período do ano passado. O desempenho foi comemorado pelo coordenador da unidade de política econômica da entidade, Flávio Castelo Branco. Março teve aumento das vendas reais de 4% na comparação com igual mês de 2006.
Apesar do tom otimista do economista, o mesmo estudo mostra que a expansão é muito concentrada. No trimestre, apenas cinco setores responderam por 90% do aumento das vendas. Isso quer dizer que sem esses segmentos, o indicador teria sinalizado aumento de apenas 0,4%. A indústria de alimentos e bebidas respondeu sozinha pelo aumento de 0,9 ponto percentual no indicador de vendas na comparação entre os trimestres. Em seguida, aparecem o segmento de máquinas e equipamentos (0,8 ponto), produtos químicos (0,7 ponto) e refino de petróleo e álcool e metalurgia básica (com 0,6 ponto cada).
Mesmo que concentradas, as vendas têm conseguido melhorar o número de empregos industriais. No trimestre, o indicador apresentou elevação de 3,5%. A melhora também foi observada nas horas trabalhadas, que cresceram 2,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2006, e na remuneração, que aumentou 6,4% no período.
Com a melhora de todos os indicadores, o uso da capacidade instalada subiu de 80,2% para 82% no índice original e de 81,6% para 81,7% no número dessazonalizado. Apesar dessa elevação, o economista da CNI, Paulo Mol, não demonstra qualquer preocupação com o número. Para ele, os industriais têm tido tempo para reagir ao aumento da demanda de forma a atender à elevação da demanda.