TJLP é reduzida de 6,5% para 6,25% ao ano

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Jornal do Commercio   Editoria: Economia  Página: A-3


O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu ontem a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6,5% ao ano para 6,25% ao ano. A nova taxa valerá para o terceiro trimestre deste ano. A TJLP é utilizada na correção dos financiamentos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu ontem a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6,5% ao ano para 6,25% ao ano. A nova taxa valerá para o terceiro trimestre deste ano. A TJLP é utilizada na correção dos financiamentos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a redução da TJLP “vem se somar ao esforço do governo de estimular os investimentos no País”, numa alusão às desonerações tributária já adotadas e a outros instrumentos que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Isso somado à redução do custo do financiamento deve dar mais um impulso aos investimentos”, afirmou o ministro.


Quando era presidente do BNDES, Mantega pregava a redução da taxa para 7%. Na época, a TJLP estava em 9%. Em março do ano passado, o conselho baixou a taxa para 8,15% para vigorar de abril a junho. Para julho a setembro de 2006, foi fixada a taxa de 7,5%. No trimestre seguinte, a TJLP ficou em 6,85% e, no primeiro semestre deste ano, em 6,5%.


Segundo Mantega, a redução da TJLP foi decidida por unanimidade. Fazem parte do CMN, além do Ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mantega chegou a brincar com Paulo Bernardo, ao dizer que não foi preciso lançar mão do “jokempô” (jogo popular para tomada de decisões) para reduzir a TJLP.


Abidib


Em comunicado, a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib), afirmou que a TJLP é fundamental para o sucesso do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo levantamento feito pela Abidib, o BNDES desembolsou em 2006 um total de R$ 51,3 bilhões em financiamentos, dos quais 49,5% foram para os setores de infra-estrutura e indústrias de base. Essa participação praticamente se manteve (49,6%) nas aprovações feitas no mesmo exercício, que totalizam R$ 74,3 bilhões.


“Para o sucesso do PAC, é fundamental que os juros de longo prazo sejam baixos o suficiente para motivar o setor produtivo”, disse no comunicado o presidente da Abdib, Paulo Godoy. Ele destacou que esta foi a sexta redução em menos de um ano e meio dessa taxa, depois de permanecer por 15 meses estagnada em 9,75% ao ano.


A entidade considera que a redução da TJLP é mais uma medida entre as diversas que vêm sendo adotadas para melhorar as condições de financiamento aos investimentos e, com isso, induzir a iniciativa privada a ampliar a capacidade industrial e a infra-estrutura. (RB)


 

 


 

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