Democratização do crédito bancário é tema de painel durante Rio Innovation Week

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Fernando Freitas e Izis Ferreira enfatizaram a importância de colocar o cliente no centro da estratégia

No cenário em constante evolução da tecnologia, uma das indústrias que mais se beneficia das inovações é o setor financeiro. Esse foi o tema da palestra de Fernando Freitas, head de Inovação do Bradesco, no palco Conecta Varejo, nesta quinta-feira (5), durante o Rio Innovation Week. Na apresentação, ele mergulhou nas transformações que estão moldando o futuro do crédito, do setor financeiro e do comércio como um todo. A palestra, moderada pela economista da CNC Izis Ferreira, abordou temas que estão na vanguarda das discussões sobre o futuro do crédito.

Freitas trouxe à tona uma questão essencial: a velocidade com que a tecnologia está sendo adotada e como isso influencia a capacidade de fornecer crédito aos clientes. “Com que rapidez você consegue implementar tecnologias que melhoram a concessão de crédito?”, questionou. Essa pergunta ressalta a urgência que as instituições financeiras enfrentam em adotar tecnologias de ponta para atender às crescentes demandas dos clientes por serviços de crédito ágeis e eficientes. “A adoção de tecnologias emergentes e a compreensão das necessidades dos clientes são cruciais para as instituições financeiras e do varejo que desejam prosperar na era digital”, afirmou Fernando Freitas.

Jornada do consumidor e democratização do crédito

O head de inovação do Bradesco apontou que a democratização do crédito passa por diversos caminhos e, cada vez mais, a agência apresenta menos importância nesse processo. Isso porque, segundo Freitas, as pessoas não vão mais às agências bancárias e, assim, é o banco que precisa estar dentro da jornada do consumidor para entender as necessidades dele no mundo digital.

O open banking – que é o compartilhamento de informações do cliente entre os bancos – é um facilitador para o crédito, já que as instituições conseguem ter mais dados para compor a capacidade de risco. Além disso, uma relação simbiótica entre as instituições financeiras e as plataformas de comércio eletrônico proporciona o intercâmbio de dados para que o banco possa oferecer melhores serviços e, consequentemente, o varejo tenha mais sucesso em suas transações.

Em relação ao comportamento do consumidor, Freitas e Ferreira enfatizaram a importância de colocar o cliente no centro da estratégia, compreendendo suas necessidades, preferências e padrões de consumo. “A monitorização constante, com análise de pesquisas e comportamento nas redes sociais, é essencial para entender o perfil do consumidor”, pontuou a economista da CNC.

Varejo

Izis Ferreira, moderadora da palestra, acrescentou uma perspectiva importante sobre o varejo, observando que a sobrevivência nos primeiros cinco anos é um desafio constante para as empresas e, por isso, a importância de se discutir o crédito às empresas. Ela enfatizou a necessidade de gerenciar o orçamento de forma estratégica para equilibrar o avanço das receitas atuais com projetos voltados para novas fontes de receita. “Na medida em que o mundo se torna cada vez mais digital, a adaptação constante e a inovação contínua são essenciais para as empresas que desejam se manter relevantes e competitivas em um mercado financeiro em constante evolução”, observou Izis Ferreira.

Inteligência artificial

Durante a palestra, foram exploradas situações relacionadas à adoção da inteligência artificial (IA) generativa no sistema financeiro. Freitas levantou a preocupação com duas vulnerabilidades significativas: ataques de hackers e uso de dados contaminados com preconceitos raciais ou geográficos, por exemplo, para a concessão de crédito. A conformidade (compliance) se torna, assim, um desafio de dimensões consideráveis.

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