Mundo líquido
A comunidade internacional ensaiava a volta à normalidade, depois de dois anos de pandemia, quando nuvens cinzentas começaram a aparecer no horizonte, com a escalada da crise entre Rússia e Ucrânia, no Leste Europeu.
Do fracasso diplomático ao conflito armado foi um pulo. E logo o mundo voltou a um cenário de incertezas, pelo papel geopolítico e econômico dos países envolvidos, principalmente a Rússia, grande fornecedora de petróleo e gás para a União Europeia.
Como um efeito dominó, as cadeias produtivas globais não demoraram a reagir a mais esse cisne negro que passou a assustar também o Brasil.
A reportagem de capa desta edição nº 247 da CNC Notícias ouviu líderes e especialistas do Sistema Comércio para entender até onde vai o impacto do conflito no setor terciário e na economia do nosso país.
Independentemente do aguardado cessar-fogo, os reflexos até agora já são suficientes para que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo reveja algumas estimativas quanto ao desempenho, principalmente, do varejo.
Cautela é a palavra de ordem. Afinal, o panorama indica inflação em alta e juros subindo, duas variáveis com impacto direto no desempenho das vendas.
Para além do grande drama humanitário representado por milhares de mortos e milhões de refugiados, o timing desse conflito e a forma como ele evoluiu sinalizam que os tempos de crises passageiras e localizadas estão dando lugar a uma era de contínuos sobressaltos globais.
Precisamos estar preparados para enfrentar esta nova realidade.
Boa leitura!
