O que está por trás dos números do turismo? O turismo é muito mais do que milhões de embarques
e desembarques, dólares gastos e números de hospedagens. A economia turística envolve um complexo sistema intimamente ligado ao comércio de bens e serviços. É quase impossível traçar fronteiras claras entre turismo, atividade comercial e de serviços.
Um país, que pretende se inserir no competitivo mercado internacional do turismo, precisa aprender a olhar além dos números. Não se pode, por exemplo, almejar destinos competitivos internacionalmente sem um transporte transcontinental à altura. Não se pode sonhar com metas fabulosas de turistas estrangeiros no País e de divisas sem uma aviação comercial segura e eficiente.
Portanto, o Brasil para despontar no mercado mundial do turismo, precisa antes se debruçar sobre uma sólida base científica, sobre estudos e análises. Precisa promover a troca de informação, o diálogo e o pensamento estratégico. Enfim, necessita de conhecimento e atitude.
E este tem sido o papel do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, há quase seis décadas. Nosso Conselho de Turismo tem procurado, ao longo de sua existência, primar por uma discussão politizada, sem ser política; atual, sem modismos; séria e responsável como deve ser um órgão plural e democrático, comprometido com uma proposta maior: a de ajudar no desenvolvimento sustentável do turismo.
Muito antes do termo “sustentável” cair nas graças da mídia e no jargão empresarial, o nosso Conselho já se dedicava a difundir uma prática turística preocupada com as gerações futuras. E foi, sem dúvida, essa postura que garantiu na atuação do Conselho de Turismo um compromisso transversal ao fomento da atividade turística – o compromisso com a educação.
Os artigos abordam aspectos importantes para a análise do cenário nacional do turismo, como: o momento atual do transporte aéreo brasileiro; a verdade sobre o controle de tráfico aéreo no País; o planejamento turístico; a segurança pública e o seu impacto no turismo; o modelo de desenvolvimento turístico a ser adotado pelo Brasil e as políticas públicas do turismo, desenvolvidas por estados e municípios (Mato Grosso, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé). Assim esperamos que esta Coletânea seja mais do que o registro do pensamento de ilustres defensores da atividade, mas uma ferramenta de análise e fomento de novas ideias e conceitos que vão muito além dos
números e das metas quantitativas para o turismo no Brasil.
Boa leitura.