Apresentação
Em 1945, o término da Segunda Guerra Mundial e o fim do Estado Novo alteraram o foco da nossa política social e econômica, fazendo com que o País se voltasse para a concepção de mecanismos que, se por um lado garantiriam uma sociedade democrática, por outro legitimariam a representatividade das classes trabalhadoras e empresariais. Somente o pacto entre empregadores e empregados pôde gerar um ambiente de paz social, resultado do encontro das duas forças produtivas. Nesse contexto, foi criada a Confederação Nacional do Comércio (CNC), reconhecida em 30 de novembro daquele ano como a entidade máxima do empresariado comercial brasileiro. Em 1946, a CNC criou seu próprio sistema de desenvolvimento social, montando o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e, logo depois, o Serviço Social do Comércio (Sesc). Essas entidades formam, hoje, um dos maiores sistemas de desenvolvimento social de todo o mundo. Ao completar 60 anos, a CNC reafirma sua posição em defesa dos interesses da livre iniciativa e do comércio brasileiro de bens, de serviços e turismo, suas bases hoje consolidadas no Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio, o Sicomercio: 34 Federações, 1.097 Sindicatos e um universo de aproximadamente 5 milhões de empresas, dos mercados atacadista, varejista, armazenador, de serviços, de turismo e hospitalidade e de agentes autônomos. Nas últimas seis décadas, o Brasil passou por diversos momentos em sua economia, da industrialização da década de 1950 à globalização dos últimos tempos. Em todos esses momentos, a CNC esteve presente, por meio de suas atividades de interesse público, sempre pautadas pelo respeito à opinião da coletividade e pelo sentido de cooperação com os poderes governamentais. O ano de 2005 é de comemoração para o comércio brasileiro, pelos progressos que nosso Sistema tem sido capaz de apresentar à sociedade: hoje, é comum encontrar um comerciário sendo atendido em uma cadeira de dentista, frequentando bibliotecas e centros de formação profissional ou desfrutando, com a família, o lazer de uma colônia de férias, nas unidades do Sesc e do Senac espalhadas pelo Brasil. Este livro tem por objetivo narrar os fatos que registram os marcos de nosso trabalho e que contribuíram para a formação desse valioso patrimônio nacional, resultado da iniciativa privada, da capacidade dos empresários do setor e de cerca de 20 milhões de trabalhadores do comércio brasileiro.