Novos Rumos – 1995

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Apresentação
A, iniciativa de reunir em livro esta colete nea de artigos e documentos, publicados no exercício de 1994 e parte de 1993, corresponde ao propósito de dar continuidade à divulgação dos pontos de vista da Confederação Nacional do Comércio, sobre matéria de interesse nacional. A primeira publicação do género foi editada em 1993, sob o título “O Pensamento do Comércio”. A presente edição é, também, uma peça destinada a fazer parte das comemorações dos cinquenta anos de atividades da Confederação Nacional do Comércio. Os assuntos aqui tratados foram, em sua maioria, discutidos nas reuniões da Diretoria desta Casa e refletem, de um modo geral, o pensamento dos companheiros do comércio e as posições por nós adotadas na defesa dos relevantes interesses nacionais e do comércio, em particular. Em diversas oportunidades, os temas aqui tratados foram debatidos com as mais altas autoridades do Governo, principalmente com Ministros da Fazenda, do Trabalho e da Indústria, Comércio e Turismo. Pela importância desses temas e a oportunidade de sua discussão, foram incluídos no capítulo “Diálogo com o Governo” os pronunciamentos do presidente desta Casa, nos diversos encontros aqui registrados. A Confederação Nacional do Comércio tem procurado emprestar sua melhor colaboração ao Governo Federal, alertando as autoridades mediante críticas construtivas ou manifestando de público sua confiança e apoio aos programas destinados ao combate à inflação e à retomada do desenvolvimento econômico. Há uma firme convicção no seio da classe empresarial do comércio, representada por esta Confederação, de que a economia brasileira, a partir de 1993, retomou a tradicional trajetória de expansão e crescimento, que marcou o extraordinário progresso das décadas anteriores aos anos 80. E isso se deve, sem dúvida, ao obstinado esforço do setor privado nacional, que soube promover os ajustes necessários para vencer os anos de crise e estagnação, aproveitando todas as oportunidades para modernizar-se, melhorar a produtividade, intensificar os programas de treinamento da mão-de-obra e alcançar níveis superiores de competitividade, com vistas à integração acelerada da economia nacional aos mercados internacionais. Nos anos de 1993 e 1994, o PIB nacional cresceu à taxa anual de 5%, depois de um longo período de estagflação. Ao mesmo tempo, a inflação – com o Plano Real – sofreu uma queda brusca de 40%, em média, no 1° semestre de 1994, para cerca de 27o a 3% no segundo semestre. Esses sinais evidenciam que o Brasil saiu da crise económica para entrar em novo período decrescimento. Há cerca de dois anos, a agricultura vem produzindo maiores safras, a indústria registrando substanciais ganhos de produtividade, o comércio vendendo mais, as importações de equipamentos e as exportações de produtos manufaturados em expansão. O aumento do nível médio de produtividade da indústria nacional foi superior a 10% em 1993 e a 8% em 1994. As expectativas para os próximos anos, sob a administração do Presidente Fernando Henrique Cardoso, são excelentes. Pela primeira vez, em muitos anos, o Brasil vai trabalhar em um clima de estabilidade política e econômica. Desfrutando de sólido prestígio no Congresso Nacional, o Presidente Fernando Henrique Cardoso deverá contar – é que esperamos – com o apoio político indispensável para realizar as reformas necessárias do Estado, conforme anunciou durante a campanha eleitoral. O comércio do Brasil está confiante. Confiante em que o País está voltando aos níveis tradicionais de desenvolvimento das décadas de 40 a 70.

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