Apresentação
A gestão integrada de resíduos sólidos deve ser encarada como um grande sistema interligado onde os governos federal, estadual e municipal devem investir em estruturas que se complementem e que sejam capazes de integrar os processos secundários que envolvam as cooperativas de recicláveis, os sistemas de logística reversa e as empresas de gestão de resíduos sólidos que atuam nos segmentos corporativos. Tais processos constituem-se em um grande desafio, não somente para os empresários da indústria, do comércio e para os consumidores, mas também para o poder público de todas as instâncias, que precisam adequar-se ao novo modelo, em que a coleta seletiva passa a ser o principal canal de descarte. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), além de obrigações, constituiu diretrizes para o estabelecimento de boas práticas ambientais, incluindo todos os segmentos empresariais independentemente do seu porte ou área de atuação. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mantém seu compromisso com as questões ambientais, orientando suas federações filiadas e o empresariado nacional ligado ao comércio de bens, serviços e turismo para a observância e cumprimento de legislações, normas, regulamentos e acordos internacionais. Sendo assim, esta publicação propõe-se a apresentar o passo a passo para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), instrumento que, além de ser uma obrigação legal, visa orientar as empresas de como devem identificar e dar destino aos resíduos sólidos decorrentes das atividades. O PGRS pode, também, prestar-se a identificar desperdícios, otimizar a gestão de insumos, mitigar os descartes e consequentemente melhorar a competitividade. Assim, esperamos contribuir para o sucesso na concretização dessa nova forma de gerir o descarte de resíduos, ressaltando que é preciso manter o engajamento das Federações do Comércio e seus sindicatos filiados na observância das legislações e negociações que terão nos estados e municípios.