47% dos empresários do RJ aumentarão investimentos

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Os empresários fluminenses estão otimistas quanto às expectativas de negócios para o próximo ano. Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com 106 empresas de 14 setores da indústria de transformação e construção civil mostrou que 75% dos entrevistados pretendem investir igual ou mais em 2007; destes, 47,1 % aplicará mais recursos.

Os empresários fluminenses estão otimistas quanto às expectativas de negócios para o próximo ano. Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com 106 empresas de 14 setores da indústria de transformação e construção civil mostrou que 75% dos entrevistados pretendem investir igual ou mais em 2007; destes, 47,1 % aplicará mais recursos. O empresariado também fez avaliação positiva em relação à evolução da economia brasileira nos próximos seis meses.


Do total de ouvidos pela pesquisa, 67,3% se dizem confiantes ou muito confiantes, 16,3% se mostram indiferentes e outros 26,3% disseram estar pessimistas ou muito pessimistas. Mais da metade da indústria, 57%, espera uma taxa de crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB) para 2007 que a registrada em 2006,.


Quando perguntados sobre os principais entraves ao desempenho das empresas no estado, 84,6% apontaram a alta carga tributária como o principal obstáculo, seguida por aumento dos custos (38,5%) e competição acirrada (37,5%). A valorização cambial, que em outras pesquisas liderava o ranking das queixas, agora representa problema apenas para 19,2% dos empresários.


“Os empresários já entenderam que a desvalorização do dólar é um fato e que a moeda não voltará aos níveis do passado. Não é possível se mudar esta situação com um saldo comercial da balança de US$ 45 bilhões “, afirmou Carlos Mariani Bittencourt, presidente do Conselho Empresarial de Política Econômica e Indústria da Firjan. O nível de estoque não será motivo de preocupação para 86,3% das empresas, que dizem estar com o indicador igual ou abaixo do esperado.


Desenvolvimento. Em uma segunda pesquisa divulgada ontem pela instituição, com as 26 maiores empresa do estado, os entrevistados destacaram a manutenção da atual política econômica como peça chave para o desenvolvimento. “O regime de metas de inflação, câmbio flexível e responsabilidade fiscal foram tópicos citados como de extrema importância para o crescimento do País e para p bom desempenho do setor. “, disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.


Os industriais acreditam numa queda suave da Selic (encerrando o período entre 12% e 13%), com inflação medida pelo IPCA abaixo do teto (de 4% a 4,5%), crescimento maior do PIB (entre 3,1% e 4%) e moderada desvalorização cambial (de R$ 2,20 a R$ 2,30 ao final do período). Também crêem numa redução no ritmo de exportação, apresentando saldo entre R$ 35 e R$ 43 bilhões.


Em relação aos entraves citados pelos empresários, Gouvêa Vieira afirmou que a redução da carga tributária estadual foi um dos temas discutidos com o futuro secretário de Desenvolvimento, Júlio Bueno. “Mostramos a ele nossa preocupação durante reunião na última segunda-feira. Entregamos ao Bueno o Mapa Do desenvolvimento do Rio de Janeiro, elaborado por nós e que traz um apanhado das necessidades do setor”, comenta o presidente da Firjan.


O Rio de Janeiro receberá investimentos da ordem de R$ 70 bilhões nos próximos três anos, dos quais R$ 32 bilhões da Petrobras, R$ 20 bilhões do setor industrial (com projetos como CSA e Conperj), R$ 11 bilhões em infra-estrutura e R$ 4 bilhões em turismo.


Resultados. O ambiente estimado pelos empresários para 2007 é bem diferente de 2006. O setor deve fechar o indicador de vendas reais estável ou com leve tendência negativa. Segundo a chefe do Departamento de Pesquisas Econômicas da Firjan, Luciana de Sá, a estagnação é resultado da paralisação de um dos alto-fornos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que se estendeu de janeiro a junho. Excluído este efeito, a indústria fluminense teria resultado positivo de 14% até outubro, quando o índice cheio é de -3%.


Luciana também adiantou que a instituição deve lançar em meados do ano que vem um indicador exclusivo para a indústria naval. Ela explica que o setor não entra nem nas estatísticas de Produção industrial do IBGE, nem no de Vendas Reais d Indústria, da Firjan. “A indústria naval vem ganhando cada vez mais destaque dentro da economia do estado, mas não existe um levantamento periódico sobre sua evolução e participação “, disse ela.

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