Agenda da Ação Empresarial defende convergência entre as duas Casas do Congresso

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, na manhã desta quarta-feira (11), do empresário Jorge Gerdau Johannpeter e de outros dirigentes do movimento Ação Empresarial, a Agenda de Princípios para o Brasil – documento que representa a visão do empresariado sobre o que é prioritário para o país voltar a crescer.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, na manhã desta quarta-feira (11), do empresário Jorge Gerdau Johannpeter e de outros dirigentes do movimento Ação Empresarial, a Agenda de Princípios para o Brasil – documento que representa a visão do empresariado sobre o que é prioritário para o país voltar a crescer. Na ocasião, Renan disse que o processo legislativo precisa ser organizado de forma que as votações em uma Casa do Congresso tenham conseqüência na outra, até porque o crescimento, segundo ele, tem a ver com isso.


Renan disse que, junto com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma conversa destinada a tornar mais afinado o trabalho entre as duas Casas do Parlamento. E observou considerar importante que, nessa conversa, se chegue a um consenso para que as matérias legislativas tramitem no mesmo compasso na Câmara e no Senado. “Se algo precisa ser aprimorado no Brasil é o bicameralismo”, comentou.


Em entrevista concedida após o encontro com os empresários, o presidente do Senado disse que, com relação ao crescimento, é preciso organizar o pensamento do país.


– E recolher o que pensam empresários e trabalhadores para ver o que o Legislativo efetivamente pode fazer para criar um ambiente mais propicio ao crescimento e à geração de emprego e renda – completou.


Mas, para isso, Renan considera que é preciso haver convergência a fim de que as matérias em votação andem no mesmo ritmo no Senado e na Câmara. Caso contrário, os esforços que são feitos em uma das Casas acabam não tendo conseqüência na outra.


– Isso é muito ruim, o crescimento tem a ver com isso, tem a ver com a desburocratização, tem a ver com a facilidade para criar-se uma empresa, com a necessidade de tirarem-se as pessoas da informalidade – ressaltou.


O presidente do Senado também disse que o Brasil só avançará se apressar a votação das reformas em curso. Para ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é muito importante, representa um rumo para o investimento, mas é igualmente importante, em sua opinião, facilitar a vida do país, criando-se um ambiente mais propício ao crescimento.


Na entrevista, um jornalista comentou que a reforma tributária em exame no Congresso foi considerada agora inconveniente pelo presidente Lula, ao que Renan respondeu:


– Não conversei ainda com o presidente sobre o modelo de reforma tributária que ele acha ideal para o Brasil. Mas o modelo que o Senado votou é consistente, com um calendário para implantação, com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e com a criação de mecanismo que trabalha na redução da alíquota. Eu acho que o Brasil precisa simplificar a vida das pessoas para que o país cresça – reiterou o presidente do Senado.


Agenda


O funcionamento do bicameralismo foi assunto recorrente na conversa do presidente do Senado com Jorge Gerdau (coordenador do Ação Empresarial) e os presidentes da Confederação Nacional da Indústria, deputado Armando Monteiro; da Confederação Nacional do Comércio, Antonio Oliveira Santos; da Confederação Nacional das Indústrias Financeiras, Gabriel Jorge Ferreira; da Confederação da Agricultura e Pecuária, Antonio de Salvo; da Confederação Nacional do Transporte, Clésio de Andrade; e do secretário do Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes.


O documento destaca que o Brasil precisa implementar medidas para enfrentar seus problemas, “independentemente de sigla partidária e duração de mandatos”. Na Agenda, os empresários fixam como prioridades temas como Educação e Igualdade de Oportunidades, Estabilidade Macroeconômica, Meio Ambiente, Economia de Mercado, Inovação Tecnológica e Segurança.


Na conversa entre Renan e os empresários, realizada na sala da residência oficial do Senado, Jorge Gerdau teceu várias considerações sobre a necessidade de se reinserir o Brasil economicamente. O empresário observou que “crescer com qualidade, segurança e de modo sustentável, de forma a assegurar geração de emprego, de renda e distribuição mais equilibrada de ganhos, riquezas e oportunidades, são prioridades absolutas da agenda empresarial”. O documento, segundo o empresário, “é uma agenda comum, de interesse da sociedade brasileira, ansiosa por melhores condições de vida”.


Na mesma conversa, Gerdau disse que os empresários confiam no PAC e apóiam o programa, mas entendem que sua concretização depende de dar mais ênfase e celeridade a medidas indispensáveis à modernização do Estado e transformação estrutural da economia, com destaque para as reformas fiscal e tributária e para a racionalização e redução dos gastos públicos e com a Previdência.


Criado em 1993, o movimento Ação Empresarial, que reúne seis confederações, sete federações e outras 42 entidades de classe, objetiva identificar e defender os interesses comuns do empresariado, complementando o trabalho que desenvolvem em suas entidades de classe.


 

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