O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidatos à Presidência da Casa no início da próxima legislatura, estiveram em almoço (2/1) no qual o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) reassumiu o comando do PT, três meses após se afastar do cargo em razão de suspeita de estar envolvido no episódio da tentativa de compra do dossiê contra políticos do PSDB nas últimas eleições.
A sucessão da presidência da Câmara foi um dos principais assuntos discutidos durante o almoço, ao qual compareceram parlamentares e ministros do p
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidatos à Presidência da Casa no início da próxima legislatura, estiveram em almoço (2/1) no qual o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) reassumiu o comando do PT, três meses após se afastar do cargo em razão de suspeita de estar envolvido no episódio da tentativa de compra do dossiê contra políticos do PSDB nas últimas eleições.
A sucessão da presidência da Câmara foi um dos principais assuntos discutidos durante o almoço, ao qual compareceram parlamentares e ministros do partido e da base aliada.
Berzoini, Chinaglia e Rebelo conversaram por cerca de 30 minutos. Mas ao final, mesmo com o pedido de acordo por uma candidatura única, e a um mês da eleição para a Presidência da Câmara, os dois candidatos na disputa não recuaram de suas posições.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, anunciou que tem apoios tanto no governo quanto na oposição. “A minha candidatura hoje pertence aos partidos e aos deputados da base do governo e da oposição que a ela manifestaram apoio”, afirmou.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia, considerou as duas candidaturas legítimas. “Eu acho que temos que trabalhar com os fatos. Acho que o deputado Aldo tem todo direito e legitimidade, como as bancadas que me apóiam também têm e eu também tenho. Portanto é prematuro fazer uma definição a priori”, disse.
Candidatura única
Já o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, também presente ao almoço, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conversado com os dois candidatos da base aliada em busca de um entendimento por uma candidatura única que considera ideal para o sucesso da coalizão política.
Tarso arriscou um prazo para a definição. “Reafirmo que ambos têm total legitimidade para apresentar suas candidaturas. Mas tenho a absoluta certeza de que no fim da segunda semana de janeiro, ou até o dia 20, por aí, teremos uma candidatura única”, ressaltou.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse confiar na boa relação que o partido mantém com o PCdoB para chegar a um acordo que não coloque em risco a coalizão da base do governo. Mas não descartou a disputa. “O PT não tem por que declarar que abre mão, nem que não abre. O PT participa do processo político. A disputa não está descartada, mas não é desejável. Desejável é ter um candidato único da base e se possível um candidato único da Câmara”, declarou.
A eleição para a presidência da Câmara será realizada no dia 1º de fevereiro.
Agência Câmara, 3 de janeiro de 2007.