Aprovado em primeiro turno projeto que amplia fiscalização dos fundos de previdência complementar

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Com 55 votos favoráveis, o Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o projeto de lei complementar (PLS 229/06), de autoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, que altera a Lei Complementar 105/01, com o objetivo de melhorar a fiscalização sobre os fundos de previdência complementar.

Com 55 votos favoráveis, o Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o projeto de lei complementar (PLS 229/06), de autoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, que altera a Lei Complementar 105/01, com o objetivo de melhorar a fiscalização sobre os fundos de previdência complementar. A matéria será votada ainda em segundo turno.


O projeto foi elaborado com o objetivo de dotar os órgãos fiscalizadores da previdência complementar da prerrogativa de também investigar diretamente as operações financeiras realizadas com recursos dos planos de benefícios, como já ocorre com o Banco Central e com a comissão de Valores Mobiliários (CVM), no âmbito das entidades que compõem o sistema financeiro nacional.


Dessa forma, os administradores desses planos ficariam impedidos de se opor à fiscalização dos órgãos alegando sigilo e de firmar convênios com o BC e a CVM para investigações em conjunto.


Na justificativa da matéria, o então presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS) argumenta que os planos de benefícios da previdência complementar acumulam ativos garantidores de benefícios da ordem de R$ 400 bilhões, abrangendo um universo de cerca de 14 milhões de brasileiros, com enorme potencial de crescimento, decorrendo daí a necessidade de mecanismos mais eficientes de fiscalização.


Durante a discussão da matéria, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) assinalou a importância da proposta, lembrando que a CPI dos Correios identificou uma série de irregularidades que precisam ser corrigidas. Ele enfatizou que o controle sobre a previdência complementar é uma forma de investimento na Previdência Social.


O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), defendeu a ampliação da fiscalização sobre os fundos de previdência complementar, lembrando que o montante de recursos operado por essas instituições está próximo a R$ 400 bilhões.


O líder do PFL, José Agripino Maia (RN), ressaltou que a fixação de critérios mais rígidos para a fiscalização dos fundos de previdência complementar foi uma recomendação da CPI dos Correios ao recomendar o votofavorável de sua bancada. O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) considerou a medida como “um avanço”.


Agência Senado, 7 de fevereiro de 2007.

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