Arrecadação aumenta mais que o esperado

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Jornal do Commercio   Editoria: Economia    Página: A-2


Arrecadação federal cresce mais que o esperado pelo governo. Em abril, foram arrecadados R$ 51,051 bilhões, montante 10,38% superior ao resultado de abril do ano passado (R$ 46,252 bilhões), outro recorde para o mês, e 12,58% maior que o de março deste ano. A previsão incluída no Orçamento deste ano era de crescimento de 5%.


Pela primeira vez o governo divulgou os resultados da arrecadação depois da criação da Super Receita.

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Arrecadação federal cresce mais que o esperado pelo governo. Em abril, foram arrecadados R$ 51,051 bilhões, montante 10,38% superior ao resultado de abril do ano passado (R$ 46,252 bilhões), outro recorde para o mês, e 12,58% maior que o de março deste ano. A previsão incluída no Orçamento deste ano era de crescimento de 5%.


Pela primeira vez o governo divulgou os resultados da arrecadação depois da criação da Super Receita. Os números tradicionalmente divulgados pela antiga Secretaria da Receita Federal passaram a incorporar os recolhimentos das contribuições previdenciárias. De janeiro a abril deste ano, as chamadas receitas administradas – que se referem somente aos impostos e contribuições e não levam em conta taxas variadas cobradas por órgãos do governo – somaram R$ 188,826 bilhões, 11,51% maiores, em termos reais, que o resultado de igual período de 2006. Desses, R$ 45,931 bilhões correspondem à arrecadação previdenciária.


A Receita Federal do Brasil, entretanto, argumentou que esse comportamento deveu-se principalmente ao aumento da lucratividade das empresas no País e que nada garante a preservação desse cenário ao longo do ano. “Não se pode extrapolar o resultado do primeiro quadrimestre para o ano. A apreciação cambial, por exemplo, poderá afetar os lucros do setor exportador”, afirmou o secretário-adjunto da RFB, Carlos Alberto Barreto.


“Provavelmente, a arrecadação não vai crescer ao ritmo de 11,5% no restante do ano. O ritmo de crescimento da receita tende a cair”, completou Raimundo Elói de Carvalho, coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita Federal do Brasil (RFB), também conhecida como Super Receita.


Setores. O desempenho positivo da arrecadação em abril foi justificado pelo maior dinamismo de alguns setores industriais no período, à valorização cambial, à maior lucratividade das empresas e ao combate à sonegação em operações de venda de imóveis.


O Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente nas compras externas de bens engordaram, especialmente em função da valorização cambial média de 4,23% no período. No quadrimestre, apresentaram expansões de 18,95% e de 23,63%, respectivamente. Os desempenhos favoráveis dos setores financeiro, automotivo, metalúrgico e de telecomunicações beneficiaram a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que cresceu 16,51%, e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que aumentou 15,22%. O IRPJ foi também favorecido pelo ingresso de R$ 5,5 bilhões, proveniente de declarações de ajuste das empresas que pagam conforme o lucro real.


O dinamismo de setores industriais no mercado interno, em especial o automotivo, também contribuiu para a elevação de 9,75% na receita do IPI. Estimulada por medidas de controle e fiscalização sobre vendas de imóveis, a receita do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) cresceu 27,49% no quadrimestre. A arrecadação sobre ganhos de capital nessas operações, somada a depósitos judiciais, alcançou R$ 1,006 bilhão.


 

 

 

 


 

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