Balança fecha ano com saldo recorde

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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou ontem a meta de US$ 152 bilhões para as exportações em 2007. Se for atingida, corresponderá a um aumento de 10,5% em relação ao recorde de US$ 137,471 bilhões registrado em 2006. O anúncio deu-se no momento da apresentação dos resultados inéditos no comércio de bens do Brasil com o exterior em 2006.


O País fechou a balança comercial com saldo de US$ 46,077 bilhões, recorde histórico e US$ 2 bilhões acima das mais recentes previsões do governo.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou ontem a meta de US$ 152 bilhões para as exportações em 2007. Se for atingida, corresponderá a um aumento de 10,5% em relação ao recorde de US$ 137,471 bilhões registrado em 2006. O anúncio deu-se no momento da apresentação dos resultados inéditos no comércio de bens do Brasil com o exterior em 2006.


O País fechou a balança comercial com saldo de US$ 46,077 bilhões, recorde histórico e US$ 2 bilhões acima das mais recentes previsões do governo. Em 2006 as importações foram maiores que as exportações, o que deverá se repetir em 2007. No global, as vendas externas cresceram 16,2%. As importações, impulsionadas pelo câmbio, subiram 24,2% e chegaram a US$ 91,394 bilhões.


De acordo com o secretário executivo do MDIC, Ivan Ramalho, a meta de exportações para 2007 leva em conta três fatores: a preservação do atual patamar da taxa de câmbio, em torno de R$ 2,15 por dólar; os efeitos positivos sobre os setores industriais exportadores das medidas do Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverá ser anunciado neste mês pelo governo; e a continuidade do processo de diversificação dos mercados de destino dos produtos brasileiros.


“Observamos que vários setores exportadores e empresas se adaptaram a essa taxa de câmbio”, afirmou Ramalho, ao explicar a superação das estimativas de embarques para o ano passado, apesar das queixas dos exportadores contra o câmbio valorizado. “Na estimativa para 2007 consideramos o mesmo nível de taxa de câmbio.”


A meta de US$ 152 bilhões do MDIC é mais ambiciosa que a estimativa do Banco Central, que projeta exportações de US$ 145 bilhões. No entanto, prevê uma expansão nas vendas externas de 10,5%, mais comedida do que a verificada nos anos anteriores. Em 2003, por exemplo, as exportações cresceram 21,1%, índice que saltou para 32% em 2004 e ficou em 22,6% em 2005. Se confirmado o aumento previsto pelo governo, 2007 será o terceiro ano seguido de redução na taxa de expansão. ‘O importante é que o ritmo em 2007 será equivalente ao do comércio internacional, que deve crescer em torno de 10%’, defendeu Ramalho. Por ter ficado além das expectativas, o superávit comercial deverá engrossar ainda mais o saldo positivo das transações correntes – que engloba bens e de serviços. A última estimativa do BC, de dezembro passado, indicava superávit de US$ 13,3 bilhões no ano, com base em um saldo menor da balança comercial, de US$ 44,5 bilhões.


Para Ramalho, os resultados do comércio de bens do Brasil com o exterior bateram recordes em 2006. Mesmo as importações tiveram desempenho inédito, apesar das limitações impostas pelo crescimento de apenas 2,74%. A corrente de comércio – soma de exportações com importações – cresceu 19,3%, em relação a 2005, e fechou em US$ 228,865 bilhões.


Conforme os dados da Secex, houve expansão nas três categorias: 16,9% nos básicos, 23,3%, nos semimanufaturados e 15,6%, nas manufaturas. Ramalho reconhece que os embarques foram favorecidos pelo aquecimento dos preços internacionais e que setores como calçados e confecções foram prejudicados pelo câmbio e pela concorrência com a China.




 

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