Chinaglia avalia que reforma política será adiada

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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, praticamente descartou hoje a votação de uma reforma política ampla até 30 de maio, como os líderes partidários haviam decidido no mês passado. “Nada garante que a reforma política como um todo [será votada até o final de maio]. É improvável”, afirmou.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, praticamente descartou hoje a votação de uma reforma política ampla até 30 de maio, como os líderes partidários haviam decidido no mês passado. “Nada garante que a reforma política como um todo [será votada até o final de maio]. É improvável”, afirmou. O presidente lembrou o cumprimento do prazo foi prejudicado pelas polêmicas que precederam a instalação da CPI da Crise Aérea, pela obstrução realizada pela oposição e pelos projetos e MPs relativas ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).


Chinaglia afirmou hoje que a reforma política será fatiada, e os pontos sobre os quais houver consenso entre os parlamentares serão votados primeiro, provavelmente já a partir da semana que vem. “Conversando com os deputados, com os líderes, em geral, há divergências quanto ao mérito, mas em pontos como a fidelidade partidária há um verdadeiro consenso”, afirmou. “Eu creio que devemos começar votando imediatamente os pontos que contam com consenso ou com ampla maioria”, disse. “Se formos esperar a reforma política perfeita, ela dificilmente irá sair”, avisou.


Na próxima semana, o presidente vai propor aos líderes um acordo de procedimentos para acelerar a votação da reforma política. Chinaglia não quis detalhar as bases desse acordo, mas revelou tratar-se de questões regimentais. O objetivo, segundo ele, é “criar as condições de um trâmite acordado”.


Pauta do Plenário

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse hoje que, com a liberação da pauta, vai privilegiar projetos na aérea de segurança pública e o voto aberto e destacou seu apoio à proibição da venda de bebidas alcóolicas nas margens de rodovias. “Além de todo o sofrimento com a perda de vidas humanas, o Brasil gasta mais de R$ 25 bilhões por ano com acidentes de trânsito”, disse. “Eu aplaudo qualquer projeto que vierem para reduzir essa verdadeira tragédia”, afirmou.


Sobre a proposta de limitar a publicidade de bebidas alcóolicas, Chinaglia afirmou que acha “viável fazer essa discussão, sem intenção de prejudicar nenhum setor, mas pensando em salvar vidas”, disse.


Agência Senado, 17 de maio de 2007.

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