O Estado de São Paulo Editoria: Economia Página: B-8
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou para 0,25% em abril, ante 0,37% em março, arrematando a semana de boas notícias para a economia do País. Os alimentos, que subiram 0,98% em março, chegaram a abril com preços estáveis (0,03%) e voltaram a contribuir para o controle da inflação.
O Estado de São Paulo Editoria: Economia Página: B-8
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou para 0,25% em abril, ante 0,37% em março, arrematando a semana de boas notícias para a economia do País. Os alimentos, que subiram 0,98% em março, chegaram a abril com preços estáveis (0,03%) e voltaram a contribuir para o controle da inflação.
A coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, acredita que, a partir de agora, a safra recorde prevista para este ano, de 132 milhões de toneladas, deverá garantir oferta suficiente de alimentos para evitar reajustes significativos de preços.
As fortes chuvas do início do ano fizeram com que, apenas no primeiro quadrimestre, os alimentos subissem 2,65%, acima do 1,22% de todo ano passado.
Para Eulina, a causa da desaceleração do IPCA de março para abril “foi bem clara e não há nenhuma surpresa na movimentação da inflação”. A falta de surpresas foi confirmada no mercado financeiro, onde as projeções para a inflação do mês eram na média, exatamente de 0,25%, segundo apurou o serviço AE Projeções da Agência Estado.
No ano, até abril o IPCA, índice de referência para as metas de inflação do governo, acumulou alta de 1,51%, ante 1,65% no primeiro quadrimestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 3%.
Em abril, houve queda no preço de vários alimentos importantes nas despesas familiares. Eulina destacou a queda da cenoura (26,32%), tomate (24,12%), frutas (2,93%), óleo de soja (2,53%), feijão carioca (2,09%) e arroz (1,13%). No lado posto, a batata-inglesa aumentou 36,41%.
Como grupo, os combustíveis, responderam pelo maior impacto de alta (0,06 ponto porcentual) do IPCA. O álcool subiu 7,34% no mês e a gasolina, 0,66%.
Segundo Eulina, não há pressões fortes para o IPCA de maio. Os impactos já conhecidos para o mês são o reajuste de ônibus urbano em Curitiba (5,6%). Para ela, os alimentos não devem voltar a subir.
A analista Marcela Prada, da Tendências Consultoria, acredita que o IPCA de maio deve manter o bom resultado de abril. Segundo a consultoria, a taxa deve ser novamente de 0,25%.