Comércio do RJ enfraqueceu no 1º trimestre, mas faturou 0,7% a mais

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Jornal do Commercio  Editoria: Rio de Janeiro  Página: A-4


O faturamento do comércio do Estado do Rio de Janeiro encerrou o primeiro trimestre de 2007 com alta de 0,7%, em relação a igual período do ano passado, segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio do Rio (Fecomércio-RJ). Na comparação com janeiro e fevereiro do ano passado, o resultado registrou elevação de 0,5% e queda de 0,1% nos primeiro e segundo meses deste ano.

Jornal do Commercio  Editoria: Rio de Janeiro  Página: A-4


O faturamento do comércio do Estado do Rio de Janeiro encerrou o primeiro trimestre de 2007 com alta de 0,7%, em relação a igual período do ano passado, segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio do Rio (Fecomércio-RJ). Na comparação com janeiro e fevereiro do ano passado, o resultado registrou elevação de 0,5% e queda de 0,1% nos primeiro e segundo meses deste ano. Já em março, houve alta de 1,8% ante igual mês de 2006, o que impediu um resultado de trimestre abaixo do registrado, informou a entidade.


“O aumento acumulado nos três primeiros meses de 2007 só não foi mais intenso devido à grande quantidade de chuvas e ao vazamento de lama originada no rompimento da barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases, que atingiu diversas cidades no norte do Rio de Janeiro e deixou milhares de pessoas sem água. Esses dois fenômenos foram uma combinação perversa que atingiu em cheio a produção agrícola do estado e afetou o movimento do comércio destas regiões, elevando os custos básicos das famílias, em todo o Estado.”, explicou o economista da Fecomércio-Rj, João Carlos Gomes.


Com base no levantamento, puxaram o bom desempenho de março as lojas de departamentos (5,2%), que contaram com o auxílio do crédito e início das liquidações para alavancar o volume das vendas; supermercados (4,5%), que sentiram no faturamento do setor o impacto da queda dos preços, favorecendo a demanda; e concessionárias de veículos (9,2%), beneficiadas pela queda dos juros e expansão do crédito, intensificando a concorrência e estimulando a busca por bens de maior valor.


Setores


No trimestre, lojas de departamentos, supermercados e concessionárias de veículos também registraram os melhores resultados, com altas no faturamento de 2,3%, 2,2% e 5,6% em janeiro, fevereiro e março, respectivamente, na comparação com iguais períodos do ano passado. Os piores desempenhos, segundo a Fecomércio-RJ, foram os subgrupos cine-foto-som e óticas (-3,2%), tecidos (-3%) e combustíveis e lubrificantes (-3,1%).


“Na análise dos últimos 12 meses, findos em janeiro, fevereiro e março de 2007, com resultados de 1,4%, 1,2% e 1,6%, respectivamente, vê-se que o crescimento do comércio geral está perdendo o fôlego gradativamente”, afirmou Gomes.


Na capital, vendas em lojas aumentam 4,8%


O faturamento do comércio carioca cresceu 4,8% em março, em relação a igual mês do ano passado, segundo pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). O consumo maior fez a taxa de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) subir em 15% e a inadimplência subir 8,8%. Dívidas quitadas em março deste ano aumentaram 4,4% em comparação a igual mês do ano anterior.


No que diz respeito à modalidade de pagamento, comparando março desse ano com o igual mês do ano passado, as vendas a vista obtiveram aumento de 4,6% superando as vendas a prazo que subiram 4,3%. No ramo de bens não duráveis (roupas e calçados), as vendas a prazo subiram 14,7% superando as vendas à vista que registraram aumento de 6,5%. No caso de bens duráveis (eletrodomésticos e móveis), ocorreu o inverso. Houve aumento de 3,8% para as vendas a vista ante 1,8% para vendas a prazo.


A pesquisa feita em 500 estabelecimentos comerciais da cidade mostrou que, em relação à localização das lojas, a Zona Norte teve o melhor desempenho do mês com um aumento de 15,5% no faturamento. As lojas do Centro tiveram 13% de aumento e o comércio da Zona Sul faturou 7,8% a mais comparado à março de 2006.


Inadimplência


O movimento de pagamentos com cheques em março de 2007 em relação ao igual mês de 2006 foi 3,8% menor, indicando uma preferência pelo pagamento em espécie. A inadimplência das compras feitas com cheque aumentou em 7,4% enquanto o número de dívidas quitadas cresceu em 13%. Comparando março de 2007 com fevereiro do mesmo ano, o número de consultas ao SPC aumentou em 30,4% e a inadimplência cresceu 7,4%.


A comparação de março de 2007 com fevereiro do mesmo ano apresentou que o faturamento total das lojas cresceu em 18,5%. O ramo de bens não duráveis registrou aumento de 11,8%, enquanto o de bens duráveis cresceu 2,8%. As consultas ao SPC aumentaram em 29,2%, a inadimplência cresceu 50,9% e 92,4% das dívidas foram quitadas.

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