As vendas de bens de consumo pela internet devem crescer, em faturamento, 45,5% neste ano sobre o ano passado, para R$ 6,4 bilhões, segundo estimativa divulgada pela E-bit empresa de pesquisa, marketing e tecnologia online criada em janeiro de 2000.
As vendas de bens de consumo pela internet devem crescer, em faturamento, 45,5% neste ano sobre o ano passado, para R$ 6,4 bilhões, segundo estimativa divulgada pela E-bit empresa de pesquisa, marketing e tecnologia online criada em janeiro de 2000. De acordo com o diretor-geral da E-bit, Pedro Guasti, a expansão será em ritmo menor que a verificada de 2005 para 2006, da ordem de 76%, porque dois fatores não deverão se repetir com a mesma intensidade de antes: a deflação no varejo online e o baixo preço de itens de informática.
“A estabilização do dólar, a inserção da Classe C no e-commerce por meio de projetos de inclusão digital e o aumento de vendas de computadores populares devem contribuir para o crescimento do setor”, afirmou Guasti. Segundo ele, o número de consumidores via internet deverá chegar próximo à casa de 10 milhões de pessoas, com crescimento de 40% sobre 2006. Segundo o diretor-geral da E-bit, esses consumidores serão atraídos pelas vantagens oferecidas na internet, como a comodidade, a praticidade e a velocidade da compra.
Os números fazem parte da pesquisa “O comércio online e o cartão de crédito”, elaborada em parceria entre a E-bit e o Banco Itaú. Do total de compras realizadas pela internet no ano passado, 73% foram feitas com cartão de crédito e, segundo o diretor de marketing de cartões do Banco Itaú, Fernando Chacon, esse percentual subirá para 75% neste ano. O executivo destacou o elevado tíquete médio das compras feitas online em comparação com o tíquete médio verificado na indústria de cartões: R$ 296 do primeiro, contra R$ 91 do segundo.
“É um público selecionado e com alta capacidade de consumo. O objetivo é ampliar essa utilização”, disse Chacon. Segundo o presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Manuel Matos, esse cenário será alterado por meio da crescente utilização de serviços públicos nos meios eletrônicos como as notas eletrônicas , o que capacitará esses usuários para compras online. Segundo a pesquisa da E-bit e do Itaú, 80% dos consumidores da internet têm renda superior a R$ 1 mil. Apenas 8% ganham abaixo de R$ 1 mil e 12% preferem não dizer.
Além disso, 57% dos consumidores da internet são homens. A maior parte desse público, 69% do total, tem entre 25 anos e 49 anos. Por região, o Sudeste representa a maioria das compras online: 65%. Em seguida estão as regiões Sul e Nordeste, com 12% cada, o Centro-Oeste, com 7%, e o Norte, 4%. “A concentração descomunal na Região Sudeste representa a desigual distribuição de renda do País, mas também a liderança da região nos lançamentos. O Sudeste também concentra as empresas líderes nesse segmento”, disse o executivo.
Eletrônicos
Os produtos eletroeletrônicos e os telefones celulares são os preferidos das compras online pelos detentores de cartões que se utilizam desse instrumento para pagamento do bem. Em seguida estão os utensílios para casas e móveis e os livros, revistas e jornais. Considerando todas as formas de pagamentos, essa ordem de preferência se inverte. Segundo Pedro Guasti, a tendência é de que os consumidores comprem cada vez mais produtos com maior valor agregado, elevando o tíquete médio das compras para R$ 300 neste ano.