Crédito bancário bate recorde

Compartilhe:

O saldo do crédito bancário cresceu 20,7% em 2006 e atingiu 34,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, informou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes, é o maior desde abril de 1996, quando estava em 34,4%. O pico desse indicador, de 37% do PIB, ocorreu em fevereiro de 1995. Em valores absolutos, o volume de empréstimos aumentou dos R$ 607,023 bilhões, no fim de 2005, para R$ 732,835 bilhões em dezembro de 2006.

O saldo do crédito bancário cresceu 20,7% em 2006 e atingiu 34,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, informou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes, é o maior desde abril de 1996, quando estava em 34,4%. O pico desse indicador, de 37% do PIB, ocorreu em fevereiro de 1995. Em valores absolutos, o volume de empréstimos aumentou dos R$ 607,023 bilhões, no fim de 2005, para R$ 732,835 bilhões em dezembro de 2006.


Os dados do BC mostram também que a taxa média de juros do crédito livre (sem destino obrigatório) caiu 6,1 pontos porcentuais e chegou a 39,8% ao ano, menor nível da série iniciada em junho de 2000. Mas o spread (diferença entre taxas de captação e aplicação) caiu só 1,4 ponto porcentual, terminando o ano em 27,2 pontos porcentuais.


Para o chefe do Depec, o spread não caiu mais por causa do aumento da inadimplência e da entrada das pequenas e médias empresas no mercado de crédito. “Como essas empresas ainda não são muito conhecidas, os bancos tendem a ser mais cautelosos na concessão de crédito”, explicou Altamir.


A taxa média de juros caiu ainda mais no crédito ao consumidor, que terminou o ano em 52,1% ao ano. Em dezembro, a taxa caiu 1,5 ponto, o que deve ter refletido o esforço dos consumidores para pagar dívidas com o cheque especial. “É um movimento normal de fim de ano, quando as pessoas recebem o 13º e quitam os empréstimos mais caros”, disse Altamir.


Com juros médios de 142% ao ano, a concessão de cheque especial caiu 11% em dezembro. “É um porcentual dentro da média histórica verificada no mesmo período dos últimos anos”, disse o Altamir. Ainda assim, esses empréstimos terminaram 2006 com aumento de 7,2%.


Apesar de ter chegado aos 34,3% do PIB, o crescimento de 20,7% do crédito em 2006 ficou abaixo dos 21,7% de aumento ocorrido em 2005. “A redução dos juros incidentes sobre o estoque dos empréstimos bancários e a diminuição na velocidade de crescimento do crédito com desconto em folha foram responsáveis pela menor expansão”, comentou Altamir.


O crédito com desconto em folha aumentou 52% e fechou o ano em R$ 48,175 bilhões. Em 2005, o crescimento foi superior aos 80%. A expansão do leasing para pessoa física em 2006, de 61%, foi maior que a do crédito consignado.


 

 

 

Leia mais

Rolar para cima