Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-2
A criação de empregos com carteira assinada bateu recorde no mês passado, com 301.991 novas vagas, número 31,4% maior que do abril de 2006, quando foram gerados 229.803 novos empregos. O saldo, divulgado nesta quinta-feira, foi o maior já registrado na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em janeiro de 1992. .
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-2
A criação de empregos com carteira assinada bateu recorde no mês passado, com 301.991 novas vagas, número 31,4% maior que do abril de 2006, quando foram gerados 229.803 novos empregos. O saldo, divulgado nesta quinta-feira, foi o maior já registrado na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em janeiro de 1992. . Esse desempenho levou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a prever que neste ano o número de novos postos formais de trabalho poderá superar a marca de 1,65 milhão.
As novas vagas representam um crescimento de 1,08% no estoque de empregos formais no País. No mês passado, foram registradas 1.272.951 contratações e 970.960 demissões. Os números de abril superam o recorde anterior, que era de maio de 2004, de 291.822 novos empregos. Desde janeiro deste ano, 701.619 postos formais foram adicionados ao estoque nacional de empregos, resultando em crescimento de 2,54%, o maior resultado para o período. Segundo o Caged, em 12 meses o emprego formal registra alta de 5,04%, para 1.360.799 vagas.
Infra-estrutura. O ministro explicou que o crescimento registrado em abril já reflete a implantação de obras de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em estradas, metrôs, aeroportos, indústria naval e construção civil, além da produção de álcool combustível. Essa elevação, segundo o ministério, está associada também à cadeia produtiva do agronegócio, ao “ambiente favorável” para os negócios em geral e à queda contínua na taxa de juros.
“Isso nos leva a ter uma expectativa, bem próxima de ser concretizada, de podermos bater o recorde da geração de emprego formal em 2007”, disse Lupi. Segundo o ministro, se essa tendência de alta se mantiver, será possível ultrapassar o recorde de 2004, quando foram gerados 1,523 milhão de novas vagas.
Alimentos e bebidas. Segundo Carlos Lupi, o setor que mais contribuiu para esse desempenho foi a indústria de transformação, com 103.763 novas vagas, sendo que mais da metade delas veio da indústria alimentícia e de bebidas. Em segundo lugar aparece o setor de serviços, com 82.768 novos empregos formais, seguido da atividade agropecuária (41.227), do comércio (36.899) e da construção civil (30.887). Neste último segmento, foi registrado recorde histórico no mês de abril, superando em 111% o saldo de abril de 2001, o maior do período até então registrado.
Os números do Caged de abril revelam ainda que houve expansão recorde em todas as regiões do País, com exceção do Nordeste. Entre os estados, se destacam o Espírito Santo, com crescimento de 1,91%, Paraná (1,44%) e São Paulo (1,4%).