As vendas para o Dia das Mães estão crescendo. A redução da taxa básica de juros, com conseqüente diminuição do custo de crédito, fez com que as condições de financiamento fossem melhoradas, facilitando as compras. O aumento da massa de rendimento do brasileiro também ajuda a explicar o crescimento de 4,1% nas vendas no fim de semana que antecedeu o Dia das Mães, em relação a período equivalente do ano passado, de acordo com dados da Serasa. A baixa cotação do dólar também ajudou nas compras, já que a redução dos preços de importados foi, em parte, repassada aos consumidores.
As vendas para o Dia das Mães estão crescendo. A redução da taxa básica de juros, com conseqüente diminuição do custo de crédito, fez com que as condições de financiamento fossem melhoradas, facilitando as compras. O aumento da massa de rendimento do brasileiro também ajuda a explicar o crescimento de 4,1% nas vendas no fim de semana que antecedeu o Dia das Mães, em relação a período equivalente do ano passado, de acordo com dados da Serasa. A baixa cotação do dólar também ajudou nas compras, já que a redução dos preços de importados foi, em parte, repassada aos consumidores.
Durante a primeira semana deste mês, de 30 de abril a 6 de maio, houve um crescimento de 3,8% nas vendas do comércio, em comparação como ano anterior, de 1º a 7 de maio. “Como os brasileiros deixam sempre para fazerem compras na última hora, é provável que os indicadores ainda cresçam um pouco mais até o próximo domingo”, disse o assessor econômico da Serasa Luiz Rabi.
Recuperação. A pesquisa mostra que o aumento das vendas do varejo para o Dia das Mães está coerente com a recuperação da atividade econômica registrada a partir do segundo semestre de 2006 e, com maior intensidade, no início de 2007. Segundo Rabi, a oferta de crédito cresceu 24,3% em março, em relação a março de 2006. Isto vem em conjunto com uma taxa de juros menor e com prazos médios para financiamentos mais estendidos.
A massa de rendimento da população brasileira cresceu entre 7% e 8% este ano, já descontada a inflação. “Para o consumidor brasileiro, o tamanho da prestação é o que importa. Com juros menores e prazo mais longo de financiamento, a prestação fica mais barata. A renda maior permite elevação do consumo”, disse Rabi.
Desde a última segunda-feira antes do Dia das Mães do ano passado, dia 8 de maio, até ontem, o dólar desvalorizou-se 2,41%. Esta queda a partir de patamares já considerados muito baixos por industriais leva a uma penetração maior de produtos importados a preços mais baixos. “É como se fosse um aumento salarial indireto. O varejo repassa a queda dos preços para atrair mais consumidores. Alguns produtos estão com preços nominais mais baratos do que no ano passado, independentes da inflação. Isto ajuda a impulsionar o movimento positivo para o ano”, ratificou o assessor.
O Dia das Mães é a segunda melhor data para o varejo, ficando atrás apenas do Natal. As compras desta semana e as de última hora poderão definir um Dia das Mães melhor que o de 2006.
A Serasa ouviu 1.015 empresas do comércio em todo o País. As mais otimistas são as de grande porte. Na análise regional, o Centro-Oeste é a região mais convencida de que o volume de vendas e o faturamento de suas empresas serão melhores do que no Dia das Mães de 2006.
A maior parte do empresariado brasileiro do comércio (47%) espera aumentar o volume de vendas registrado no Dia das Mães do ano passado, quando o percentual otimista era de 35%. A perspectiva de queda também melhorou para 13%, ante os 22% de pessimistas registrados em 2006. O número de empresários que confiam na estabilidade das vendas caiu. Este ano são 40%, contra 43% no ano passado.
Confiança. De acordo com a pesquisa de 2007, as grandes empresas do setor continuam sendo as mais otimistas – 73% apostam em crescimento das vendas, enquanto no ano passado o percentual era 62%. As pequenas, assim como em 2006, confiam menos em melhores resultados, 44% contam com estabilidade e 15% com queda das vendas.
Quanto ao faturamento, no entanto, 47% dos entrevistados acreditam que vão repetir o resultado de 2006 – no ano passado, esta parcela era de 40% dos consultados. Este ano, 41% têm perspectiva de crescimento, contra 37% em 2006. Somente 12% dos empresários aguardam queda – em 2006, eram 23%.
De acordo com a pesquisa, as formas de pagamento para as compras de Dia das Mães deste ano devem ser, em média, 48% à vista e 52% a prazo. As vendas à vista deverão ser prioritariamente com dinheiro e cheque, totalizando 67% das transações à vista – em 2006, esse número era de 71%. Nas vendas a prazo, a maior parte das empresas do comércio espera que predomine na hora do pagamento o cheque pré-datado, com 37%, seguido pelos cartões, comparticipação de 33%.