Diminui o medo de perder emprego

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O medo do brasileiro de perder o emprego diminuiu em dezembro, conforme pesquisa trimestral divulgada na última quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mediu o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec).

O medo do brasileiro de perder o emprego diminuiu em dezembro, conforme pesquisa trimestral divulgada na última quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mediu o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec). A entidade destacou que o Indicador de Medo de Desemprego atingiu 108,9 pontos neste mês, o que representou novo recorde da série, iniciada em 1996.


De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o resultado, apesar de representar alta de 4,1% sobre setembro de 2006 e de 14,9% sobre dezembro de 2005, é considerado bastante positivo, pois a interpretação do Indicador de Medo do Desemprego é diferente dos demais índices que compõem o Inec. “Quanto maior o indicador, menor o medo do desemprego”, explicou Castelo Branco.


Quanto à expectativa para os próximos seis meses, os consumidores se mostraram um pouco mais divididos sobre o assunto neste intervalo de tempo. Para 44%, o desemprego vai aumentar, contra 32% que esperam diminuição e 24% que aguardam manutenção do cenário.


O mesmo foi verificado quanto à expectativa de inflação no mesmo período. Segundo a CNI, 44% esperam aumento, 20% diminuição e 35% manutenção.


De acordo com Castelo Branco, esta interpretação não preocupa e tampouco representa uma tendência, já que o cenário econômico brasileiro atual é de inflação baixa, que mantém o poder de compra da população, juntamente com o aumento da renda, e estimula as expectativas positivas em geral. Isto, segundo a CNI, foi apresentado pelo Inec de dezembro, que avançou 9,8% sobre dezembro de 2005 e 1,2% sobre setembro de 2006.


Outro dado da pesquisa aponta que o brasileiro está mais otimista com seu futuro do que em trimestres anteriores. Segundo a CNI, o Inec atingiu 111,9 pontos neste mês, crescimento de 9,8% ante dezembro de 2005 e de 1,2% sobre setembro de 2006.


Na avaliação da CNI, o forte crescimento apurado em dezembro de 2005 foi motivado pelas expectativas positivas da população quanto à evolução da renda, influenciada pelo aumento do salário mínimo e dos benefícios sociais, além da inflação estável. Quanto à comparação com setembro, a entidade destacou que a elevação é normal, por causa do otimismo com 2007.


Outro fato importante destacado pela entidade foi a alta de 8%, em dezembro de 2006, sobre a média dos meses de dezembro, que é de 103,8 pontos. Em dezembro de 2003, por exemplo, o Inec atingiu 105,4 pontos.


Renda. O indicador relativo à expectativa da renda do consumidor em geral atingiu 117,1 pontos, resultado 14,3% superior ao de dezembro de 2005 e 5,1% superior ao recorde anterior da série, registrado em setembro de 2006, de 111,4 pontos. Da mesma forma, o índice relativo à expectativa de evolução da própria renda também evidencia o otimismo do consumidor: alcançou 113,9 pontos, uma expansão de 10,5% sobre o de dezembro de 2005 e 5,3% superior ao valor recorde anterior, de setembro de 2006 (110,8 pontos).


Quanto à 2007, os consumidores brasileiros também mostraram otimismo. O índice de perspectivas para o ano alcançou 121,5 pontos, resultado 7,3% superior ao registrado em dezembro de 2005 e 8,6% maior que o de setembro de 2006. Entre os entrevistados, 49% responderam que esperam um ano “bom”; 46% um ano “muito bom”; 3% “ruim”; e 2% “muito ruim”.

O índice que mede a satisfação com a vida atingiu 104,4 pontos em dezembro. Na comparação com dezembro de 2005, houve alta de 5%. Já em relação a setembro de 2006, houve crescimento de 2,1%.


Compras. Segundo a CNI, os consumidores pretendem aumentar suas compras no próximo trimestre. O indicador de compras alcançou 103,6 pontos e manteve-se praticamente estável na comparação com setembro (aumento de apenas 0,5%), mas apresentou a quinta variação positiva trimestral consecutiva e cresceu 5,9% ante dezembro de 2005.


O Inec é calculado pela CNI a partir dos dados obtidos por sondagem trimestral do Ibope, conduzida em todo o território nacional. A pesquisa do quarto trimestre foi feita com 2.002 pessoas entre os dias 7 e 10 deste mês.


 


 

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