Dívida líquida cai para 44,7% do PIB em fevereiro

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O Banco Central confirmou ontem que, com a nova metodologia do IBGE, a dívida líquida do setor público caiu abaixo dos 45% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e manteve a tendência de queda nos dois primeiros meses deste ano, ficando em fevereiro em 44,7%. O patamar atual do endividamento público, de outubro de 2006 até fevereiro, é o melhor desde dezembro de 1998, antes da crise cambial.

O Banco Central confirmou ontem que, com a nova metodologia do IBGE, a dívida líquida do setor público caiu abaixo dos 45% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e manteve a tendência de queda nos dois primeiros meses deste ano, ficando em fevereiro em 44,7%. O patamar atual do endividamento público, de outubro de 2006 até fevereiro, é o melhor desde dezembro de 1998, antes da crise cambial. Em valor, a dívida foi de R$ 1,076 trilhão no mês passado.


Nos últimos oito anos, de acordo com a série do BC, houve apenas alguns momentos, por oscilação do câmbio, em que a dívida pública esteve abaixo de 45% do PIB, como agosto e setembro de 2000 e março e abril de 1999. A queda recente, entretanto, dá sinais de ser duradoura e permanente, de acordo com técnicos do governo.


Numa simulação rápida, diante do anúncio da nova meta de superávit primário, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, arriscou um prognóstico da dívida para o fim de 2007: queda para, pelo menos, 44,1% do PIB. Na estimativa, foi considerado superávit global de R$ 91 bilhões e crescimento econômico de 4,1%.


A melhoria desse quadro está relacionada tanto aos superávits primários acumulados nos últimos anos quanto às revisões do valor do PIB. Taxas de crescimento acima do que se imaginava ajudaram a melhorar a evolução dos indicadores fiscais, calculados como proporção do PIB. A redução gradual da taxa de juros também colaborou. A taxa implícita sobre a dívida esteve em 14,37% em fevereiro e, em dezembro, em 19,05%.

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