Primeiro mandato de Lula termina com 4,6 milhões de novos postos ante 10 milhões prometidos. O ritmo de expansão do mercado de trabalho diminuiu em 2006. Conforme números do Ministério do Trabalho, o universo de empregados com carteira assinada aumentou 4,72% e, ao final de dezembro, o Brasil contava com 27,285 milhões de empregos formais. O crescimento foi 2% menor que o visto em 2005, quando 1,253 milhão de vagas foram criadas.
Essa foi a segunda desaceleração anual seguida.
Primeiro mandato de Lula termina com 4,6 milhões de novos postos ante 10 milhões prometidos. O ritmo de expansão do mercado de trabalho diminuiu em 2006. Conforme números do Ministério do Trabalho, o universo de empregados com carteira assinada aumentou 4,72% e, ao final de dezembro, o Brasil contava com 27,285 milhões de empregos formais. O crescimento foi 2% menor que o visto em 2005, quando 1,253 milhão de vagas foram criadas.
Essa foi a segunda desaceleração anual seguida. Com o resultado, o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva termina com a criação de 4,651 milhões de empregos, menos da metade dos 10 milhões citados nas eleições de 2002.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem foram considerados razoáveis pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ele afirma que a recuperação do mercado de trabalho poderia ter sido mais vigorosa se a influência negativa do dólar e juros fosse menor. Mesmo com essa avaliação, o ministro demonstrou satisfação ao apresentar o balanço anual.
Ele destacou o forte incremento da construção civil, cujo universo de trabalhadores cresceu 7,34% com a inclusão de 85.796 empregados. O resultado, o melhor da série histórica, pode ser atribuído às medidas de incentivo ao setor anunciadas nos últimos anos pelo governo federal. Outro destaque positivo foi a recuperação do agronegócio, que teve leve incremento de 0,57% – ou 6.574 vagas. O tímido aumento ocorre após queda de 1,10% registrada em 2005, ano de quebra de safra pela seca no Sul do Brasil.
Entre os segmentos que mais empregam, os serviços trouxeram 521,6 mil novos trabalhadores, o comércio incluiu 336,7 mil e a indústria, 250,2 mil. Entre os ramos em destaque, os fabricantes de alimentos e bebidas apresentaram expansão de 7,26%, equivalente a 97.012 trabalhadores, e o comércio atacadista que cresceu 6,74%, com 59.233 vagas. Na outra ponta, o único setor com diminuição de quadros foi o de calçados, que amargou perda de 401 postos. Fabricantes de sapatos têm reclamado freqüentemente do dólar e da concorrência dos produtos chineses.
Lula X FHC
Mesmo com o quarto ano consecutivo de expansão do mercado de trabalho, os 10 milhões de empregos prometidos em 2002 não foram alcançados, mas chegou-se a 4,651 milhões de postos com carteira assinada. Marinho diz que o então candidato se referia a um nível de empregos que deveria ser criado no período e não ao dado do Caged e aposta que, quando forem divulgados números sobre o mercado informal e o setor público em setembro, serão anunciados cerca de 8,5 milhões de novos postos no período. O governo petista comemora resultado 156,25% maior que o saldo de 1,815 milhão de vagas criadas no segundo mandato de FHC.