Empresas fecham por falta de planejamento

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Problemas financeiros, inadimplência, falta de planejamento, de capital de giro e de clientes são as principais causas de fechamento de empresas no País, revela recente pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Problemas financeiros, inadimplência, falta de planejamento, de capital de giro e de clientes são as principais causas de fechamento de empresas no País, revela recente pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O estudo, feito com cerca de 3 mil empresas brasileiras, também indica que dentre os negócios que encerraram suas atividades nos últimos cinco anos, 51% são do comércio, 46% são empresas de serviços e 3% são indústrias.


De acordo com Jaison Vieira, gerente da Unidade de Negócios Pessoa Jurídica da ACSP, o fato de apenas 3% das indústrias fecharem as portas pode ser explicado porque exigem planejamento mais elaborado, diferentemente do serviço e comércio, cujos negócios tendem a ser abertos de maneira mais amadora. Segundo ele, a indústria tem menos “aventureiros” porque exige investimento inicial maior e necessita de planejamento para as perdas serem menores e os ganhos, maiores. “As empresas fecham principalmente por falta de planejamento. O empreendedor abre o negócio porque tem uma idéia. Idéia é diferente de projeto. O empresário tem que conhecer o negócio”, avalia Vieira.


Análise de Crédito


Vieira ressalta que os pequenos negócios não podem correr o risco de vender para maus pagadores, mas sim para quem ofereça o menor risco possível. Dessa forma, informa que a melhor solução é realizar uma análise de crédito para se proteger. Vieira revela também que os pequenos e microempresários devem estar atentos à legislação trabalhista e à carga tributária que vai incidir no seu produto.


A Athleta, que entrou no mercado em 1935 e era dedicada a uniformes escolares e de esporte, passou por problemas financeiros em 1990 e decidiu sair do mercado de roupas de esporte. Tradicional no segmento, uma vez que forneceu para três Copas do Mundo (1958,1962 e 1970) o uniforme para a Seleção Brasileira de Futebol, a grife reduziu sua participação no mercado. No início do ano, a Athleta retornou ao mercado esportivo voltado para o segmento de moda, estilizando alguns uniformes e vendendo peças retrô das antigas camisas da Seleção Brasileira para aproveitar a Copa do Mundo. “As maiores dificuldades para recomeçar são o capital de giro e conciliar o tamanho da marca com a estrutura que se pode ter. Tive que fazer um bom planejamento”, diz Antônio Bulgarelli, diretor comercial.


Problemas Financeiros


A Body for Sure, dedicada a roupa de fitness, está há vinte anos no mercado. A empresa não chegou a fechar as portas, mas passou por problemas financeiros que a fizeram reestruturar a marca. Há sete anos, as irmãs Marisa Carneiro e Cristina Carneiro, adquiriram do grupo Ocean Tropical a marca Body for Sure. Elas eram franqueadas da empresa e possuíam três lojas em Goiânia.


Marisa, diretora comercial, diz que o crescimento do segmento de roupas de fitness e a força da marca a levaram a perpetuar a grife. A empresária conta que o maior desafio era ter uma marca consolidada na mão, mas sem nenhuma estrutura. Dessa forma, teve que fazer várias reuniões para traçar um planejamento para continuar no mercado.


 


 


 

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