FGV aponta redução no ânimo do consumidor

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A violência no Rio e o acidente que provocou uma cratera nas obras do metrô de São Paulo derrubaram o bom humor do consumidor em janeiro. Segundo informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu apenas 0,6% no primeiro mês do ano, ante uma alta de 2,2% em dezembro – em janeiro de 2006, o indicador aumentou 6,7%.


“Esses eventos deram uma diminuída no ânimo do consumidor”, admitiu o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Aloísio Campelo.

A violência no Rio e o acidente que provocou uma cratera nas obras do metrô de São Paulo derrubaram o bom humor do consumidor em janeiro. Segundo informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu apenas 0,6% no primeiro mês do ano, ante uma alta de 2,2% em dezembro – em janeiro de 2006, o indicador aumentou 6,7%.


“Esses eventos deram uma diminuída no ânimo do consumidor”, admitiu o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Aloísio Campelo. “Mas ele (o consumidor) continua otimista quanto ao futuro”, completou.


Campelo ressaltou que fatores como violência e acidentes são sazonais e que não devem continuar a afetar o resultado do indicador. “Mas somente as questões pontuais não explicam a queda no ICC. Houve uma perda de satisfação com o crescimento econômico, que ainda está muito lento”, acrescentou.


Para cálculo do indicador, foram pesquisados 2 mil domicílios em sete capitais, entre o dia 2 e segunda-feira (22). A leve alta na taxa do ICC esse mês foi puxada, basicamente, pelas boas perspectivas do consumidor quanto ao que ainda está por vir. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual, que caiu 0,7% em janeiro, ante alta de 3,3% em dezembro; e o de Expectativas, que aumentou 1,5% – mesma elevação do mês passado.


Das sete capitais pesquisadas, Rio de Janeiro e São Paulo foram as que mais influenciaram o resultado total. Isso porque as duas cidades são as de maior peso na formação do indicador – ao mesmo tempo, as duas foram as capitais diretamente afetadas por questões de violência e da tragédia envolvendo as obras do metrô, respectivamente. No Rio, o ICC caiu 1,7% em janeiro ante dezembro; já em São Paulo, o indicador teve queda de 0,6% no mesmo período. “As respostas sobre situação atual não foram boas nessas duas cidades”, disse, justificando as quedas.


Mesmo com a avaliação ruim sobre o cenário atual, o consumidor continua otimista nas projeções. Entre as informações que mais se destacaram nas previsões, a intenção de compra de bens duráveis surpreendeu, e atingiu o ponto mais alto em janeiro deste ano, desde o início do ICC em setembro de 2005.


De dezembro para janeiro, subiu de 16,3% para 16,4% a parcela dos entrevistados que pretendem aumentar o nível de compras de bens duráveis nos próximos meses. No mesmo período, diminui de 30,5% para 27,2% o porcentual de pesquisados que diminuirão as compras.


Viagem 


Com a possibilidade de atrasos de vôos e ataques a ônibus, viajar de automóvel parece ser a melhor opção para a maioria dos consumidores, quando o assunto é sair de férias, indica Campelo, com base em recorte especial sobre o tema.


De dezembro para janeiro, a parcela dos entrevistados que escolherão o carro como meio de transporte na viagem de férias subiu de 41,1% para 42,2%. Em janeiro de 2006, o porcentual de pesquisados que preferia viajar de automóvel era bem menor: 32,9%.


De dezembro para janeiro, a parcela dos entrevistados que informaram o avião como opção de transporte subiu de 33,2% para 36,5%. Mas esse percentual poderia ser muito maior nessa época do ano. Em janeiro de 2006, 41,7% dos entrevistados viajaram de avião nas férias.


 

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