Alessandra Saraiva, RIO
Beneficiada pela forte deflação nos preços de bovinos no atacado (-7,35%), a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro foi de 0,28%, menos da metade de igual prévia em novembro (0,75%). Com o resultado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula que o índice de dezembro deve ficar entre 0,30% a 0,40%, o que deve conduzir a uma taxa anual inferior a 4%.
Caso a previsão se confirme, o indicador encerrará o ano com a terceira menor taxa da série histórica, iniciada em 1989. Em 2005, o índice registrou taxa mais baixa, de 1,21%.
Alessandra Saraiva, RIO
Beneficiada pela forte deflação nos preços de bovinos no atacado (-7,35%), a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro foi de 0,28%, menos da metade de igual prévia em novembro (0,75%). Com o resultado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula que o índice de dezembro deve ficar entre 0,30% a 0,40%, o que deve conduzir a uma taxa anual inferior a 4%.
Caso a previsão se confirme, o indicador encerrará o ano com a terceira menor taxa da série histórica, iniciada em 1989. Em 2005, o índice registrou taxa mais baixa, de 1,21%. “Só não será se houver uma hecatombe”, brincou o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros.
O economista chamou a atenção para o fato de o indicador registrar, de forma consecutiva, duas de suas menores taxas anuais. Isso só demonstra como o cenário de inflação é favorável, atualmente. Usado para reajustar preços de aluguel e de energia elétrica, o IGP-M acumula elevação de 3,80% no ano. Segundo Quadros, a segunda menor taxa na história do índice foi o IGP-M de 1998, quando o indicador teve aumento de 1,78%. Atualmente, a terceira posição é ocupada pela taxa do índice de 1997 (7,74%).
Na segunda prévia do IGP-M de dezembro, os preços do atacado desabaram, com alta de 0,30%, mais de três vezes abaixo da taxa apurada em igual prévia em novembro (1,04%). Isso porque a inflação das matérias-primas brutas caiu para menos da metade no período (de 3,97% para 1,30%), devido ao forte impacto na queda de preços dos bovinos, cujo setor passa pelo período safra, o que eleva a oferta no mercado interno e, por conseqüência, diminui preços.
“O que desacelerou mesmo a inflação do atacado foi o boi gordo”, ressaltou. Além disso, o setor atacadista também foi beneficiado pelo comportamento do preço da soja, cuja elevação perdeu força e passou de 8,76% para 4,52%, influenciada por oscilações no preço do produto no mercado internacional.