Importação maior já impacta a balança

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Saldo cresceu 2,8% e somou US$ 2,9 bilhões, o maior resultado da história para fevereiro. O comércio exterior brasileiro registrou novos recordes no mês passado. O superávit da balança, por exemplo, cresceu 2,82% na comparação com fevereiro de 2006 e somou US$ 2,878 bilhões, o maior resultado da história para o mês. Apesar da marca, a balança começa a sentir os efeitos do aumento das importações.


No primeiro bimestre, o saldo positivo caiu 4,46% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Saldo cresceu 2,8% e somou US$ 2,9 bilhões, o maior resultado da história para fevereiro. O comércio exterior brasileiro registrou novos recordes no mês passado. O superávit da balança, por exemplo, cresceu 2,82% na comparação com fevereiro de 2006 e somou US$ 2,878 bilhões, o maior resultado da história para o mês. Apesar da marca, a balança começa a sentir os efeitos do aumento das importações.


No primeiro bimestre, o saldo positivo caiu 4,46% na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda não preocupa Armando Meziat, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Segundo o secretário, boa parte das importações ajudará a melhorar a qualidade e a competitividade dos produtos nacionais. No mês passado, as exportações brasileiras cresceram 16,9% e somaram US$ 21,065 bilhões. A expansão ficou aquém da registrada no caso das importações, que saltaram 26,6%, para US$ 15,696 bilhões. Os dois resultados foram os melhores da história para meses de fevereiro. Apesar dos recordes, o destaque ficou com o resultado bimestral.


Queda “saudável”


No acumulado de janeiro e fevereiro, o saldo comercial caiu 4,46%, na comparação com igual bimestre de 2006, para US$ 5,369 bilhões. Meziat disse que a queda é saudável para o Brasil. “É positivo porque a maioria das importações vai para a indústria.”


Números do ministério mostram que os bens de capital – como máquinas e equipamentos – responderam por 20,6% das compras no bimestre. Já matérias-primas e componentes tiveram participação de 50,5%. Esses dois itens têm como destino a indústria. São, conforme Meziat, uma importação benéfica para o Brasil, que melhora as condições do parque industrial e dá mais competitividade ao produto local. O aumento da compra de bens de consumo como automóveis, alimentos e roupas – que responderam por 12,7% das importações, contra 11,9% no primeiro bimestre de 2006 – foi minimizada pelo secretário de Comércio Exterior.


Desvalorização do real


Meziat disse ainda que superávits menores podem ter conseqüência benéfica para o câmbio dos exportadores, com desvalorização do real no futuro.


“Também vamos começar a sentir os benefícios da abertura da economia. Com produto importado mais barato, as indústrias terão de investir em qualidade e melhorar o produto brasileiro para competir.”


Déficit maior


Apesar da visão otimista com relação aos importados, Meziat não vê espaço para uma nova rodada de abertura econômica. Com o aumento das importações, inclusive de bens de consumo como aparelhos domésticos, vestuário, móveis e artigos para residências, o déficit comercial com a China cresceu expressivos 213% no bimestre.


No período, o saldo negativo com a economia que mais cresce no mundo somou US$ 389 milhões. No acumulado dos dois meses, os embarques ao gigantesco país da Ásia cresceram 29,27% e somaram US$ 1,104 bilhão. O ritmo foi menor do que o aumento de 52,65% das importações, que atingiram o montante de US$ 1,492 bilhão.


 

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