Indústria de SP recua 1% e reduz média do País

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A produção industrial de São Paulo caiu 1% em janeiro, ante dezembro, sob impacto, especialmente, da paralisação na refinaria de petróleo de Paulínia, a maior do País, localizada na região de Campinas. O Estado, com cerca de 40% da produção nacional, puxou para baixo a média do País, que ficou 0,3% negativo, segundo divulgou o IBGE na semana passada. Ante o mês anterior, metade das 14 regiões pesquisadas pelo instituto mostrou recuo em janeiro.


Na comparação com janeiro de 2006, os dados mostraram expansão em 13 locais.

A produção industrial de São Paulo caiu 1% em janeiro, ante dezembro, sob impacto, especialmente, da paralisação na refinaria de petróleo de Paulínia, a maior do País, localizada na região de Campinas. O Estado, com cerca de 40% da produção nacional, puxou para baixo a média do País, que ficou 0,3% negativo, segundo divulgou o IBGE na semana passada. Ante o mês anterior, metade das 14 regiões pesquisadas pelo instituto mostrou recuo em janeiro.


Na comparação com janeiro de 2006, os dados mostraram expansão em 13 locais. Nesse caso, São Paulo, com aumento de 3,1%, puxou para cima a produção nacional (4,5%). Para Isabella Nunes, da Coordenação de Indústria do IBGE, é preciso esperar o fechamento do primeiro trimestre para perceber com clareza o ritmo do setor neste início de ano. ‘Um mês é muito pouco’, alerta.


Segundo ela, a queda na produção em São Paulo ante o mês anterior deve ser passageira. ‘Sabemos que houve esse efeito muito forte, mas pontual (do petróleo)’, disse. Os dados ante o mês anterior não são detalhados por segmento, mas, na comparação com janeiro de 2006, o segmento de refino de petróleo e produção de álcool teve queda de 9% na produção no Estado.


Segundo Isabella, na indústria paulista, apesar do recuo do refino, há ‘bastante força’ nos segmentos de máquinas e equipamentos (17,4% de aumento ante janeiro de 2006) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (71,9%, puxado por computadores).


O economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Edgard Pereira, chama a atenção para a queda na produção paulista de veículos automotores, de 6,1% ante janeiro de 2006. Para ele, esse é um dado preocupante, dado o peso desse setor na indústria do Estado.


‘Esse desempenho medíocre do principal parque fabril do País nos remete mais uma vez para a combinação atual dos preços-chave (juros e câmbio) vigente hoje na economia brasileira’, diz Pereira.


Petróleo


O segmento de refino de petróleo e produção de álcool foi responsável queda na produção da indústria do Ceará, de 3,5% ante dezembro e 5,4% ante janeiro de 2006. Essa atividade na indústria cearense teve queda de 43,3%, também por causa de paralisações técnicas.


Das 14 regiões cuja produção industrial é pesquisada pelo IBGE, 11 têm atividade de refino e petróleo e produção de álcool e, desse total, apenas o Rio Grande do Sul apurou expansão na produção desse segmento em janeiro ante igual mês do ano passado. Na média nacional, houve queda de 5,6% nessa comparação.


O maior recuo ocorreu no Ceará, seguido de Pernambuco (13%), Rio (10,5%), Minas (9,7%) e São Paulo. Houve quedas também, mas em menor magnitude, no Rio Grande do Norte (0,5%), Amazonas (2%), Bahia (3,7%) e Pará (4,5%). No Rio Grande do Sul, houve crescimento de 20,4%, pois não houve parada na produção gaúcha de petróleo.


 


 

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