Gazeta Mercantil Editoria: Nacional Página: A-4
O PMI, que mensura a atividade industrial do País, registrou pico de 55,4 pontos em abril. No embalo das perspectivas favoráveis para o âmbito doméstico, tendo em vista a continuidade do aumento da demanda, a indústria brasileira mostra tendência de forte aquecimento.
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O PMI, que mensura a atividade industrial do País, registrou pico de 55,4 pontos em abril. No embalo das perspectivas favoráveis para o âmbito doméstico, tendo em vista a continuidade do aumento da demanda, a indústria brasileira mostra tendência de forte aquecimento. De acordo com o novo indicador da atividade industrial, apresentado ontem pela NTC Research – que foi contratada pelo Banco ABN Amro Real para a elaboração da pesquisa – há sinais concretos de que a produção em abril não perdeu, mas, sim, ganhou fôlego.
O PMI, que mensura a atividade manufatureira do Brasil, registrou pico de 55,4 pontos no quarto mês de 2007, o maior dos cinco meses anteriores. Em março havia sido de 54,9 pontos.
Pela metodologia usada, dados acima de 50 pontos indicam expansão, bem como, abaixo, deterioração do cenário. Neste contexto, no quarto mês do ano a produção industrial apresentou índice de 59,8 – ante 59,1 em março – puxada pela movimentação fabril para atender uma demanda doméstica em expansão.
“Há um movimento mais sustentado da indústria porque não está concentrado apenas em algumas empresas”, ressaltou o analista econômico sênior do banco, Jankiel Santos, que sustenta sua avaliação nos índices que mostram elevação do emprego, do número de pedidos feitos à indústria, inclusive daqueles para exportação – a despeito da apreciação do real frente ao dólar.
O indicador para novos pedidos, em 56,3 pontos, só não está maior do que o apurado em novembro do ano passado (57,6). Especificamente no que diz respeito à demanda para exportação, o índice é o maior dos últimos seis meses, com 51,8 pontos. Tendo de atender a maior procura, a indústria tem empregado mais. Desta forma, o PMI mostra que o nível de contratações continua em alta e, em abril, é o maior desde o final de 2006. “Não é possível falar em desindustrialização com o aumento continuado do índice de emprego”, lembrou o economista.
Santos disse ainda que os dados indicam que o aquecimento deve continuar, principalmente porque não está concentrado em setores específicos, está mais generalizada. “Pode haver redução do ritmo, mas a tendência de aceleração vai continuar”, afirma.
O PMI é feito mensalmente com 450 empresas do setor industrial do País e a série histórica é retroativa a fevereiro de 2006. Para apresentar o resultado ontem com uma série histórica, a NTC Research iniciou sua pesquisa em janeiro de 2006.