O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) acumulado em 2006 ficou em 3,83% e foi a terceira menor taxa anual da série histórica do índice, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) desde 1989. A menor taxa foi registrada no ano passado, de 1,21%. Em dezembro, o índice ficou dentro das estimativas, com alta de 0,32% ante 0,75% em novembro.
Para o coordenador de Análises da FGV, Salomão Quadros, o IGP-M acumulado em 2006 é adequado ao atual cenário econômico brasileiro. “Fico mais à vontade com uma taxa de 3,83% do que com uma de 1,21%”, disse, comparando com o índice de 2005.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) acumulado em 2006 ficou em 3,83% e foi a terceira menor taxa anual da série histórica do índice, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) desde 1989. A menor taxa foi registrada no ano passado, de 1,21%. Em dezembro, o índice ficou dentro das estimativas, com alta de 0,32% ante 0,75% em novembro.
Para o coordenador de Análises da FGV, Salomão Quadros, o IGP-M acumulado em 2006 é adequado ao atual cenário econômico brasileiro. “Fico mais à vontade com uma taxa de 3,83% do que com uma de 1,21%”, disse, comparando com o índice de 2005.
Em 1998, foi registrada a segunda menor taxa anual do IGP-M, que subiu 1,78%. “Em 98 havia a âncora cambial e com o fim do regime houve aceleração da inflação.” Em 1999, o IGP-M fechou com alta de 20,1%. Quadros destacou que ao longo de 2006 houve três momentos em que o IGP-M apresentou repiques, causados por choques externos. O primeiro foi em janeiro, quando subiu 0,92%, basicamente por causa da disparada do preço da soja no mercado internacional.
O segundo foi registrado em junho (0,75%) com a alta de preços dos metais não-ferrosos, e o terceiro, em novembro (novamente 0,75%), com as commodities agrícolas. Abrindo o IGP-M, a maior alta de preços acumulada no ano foi a do Índice Nacional do Custa do Construção (INCC), de 5,04%, seguido pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), de 4,40%, e pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 1,9%. O primeiro subíndice representa 10% do IGP-M. O IPA tem representatividade de 60% e o IPC, de 30%.
Segundo Quadros, o IGP-M de 2007 deve mostrar leve aceleração em relação a este ano. Ele acredita que o índice vai encerrar o ano com taxa de 4%. Para chegar a essa projeção, ele partiu das premissas de que o IPA vai subir 4,7% em 2007 e de que o IPC e o INCC terão alta de 3%. “O IGP-M está mais para 4% e não para 4,3% como mostra a mediana da Focus ou mesmo 4,5% como escuto de alguns analistas”, afirmou. Segundo o coordenador, para que a taxa prevista pelos outros agentes econômicos seja confirmada no ano que vem, o IPA teria de ficar acima de 5%. “Não vejo nada que sugira isso: temos visto queda do preço do petróleo e a China deve se manter como uma potência, mas não provocar acréscimo de demanda.” Além disso, ele acrescentou que as projeções para as safras do próximo ano são positivas, com expectativa de crescimento da oferta.
CONTROLE. Quadros diz que a alta de 3,83% deste este ano é uma volta da inflação à normalidade e não descontrole. “Aritmeticamente, a inflação de 2006 foi o triplo da de 2005, mas essa não é a avaliação correta. E a taxa não preocupa o Banco Central.”
Para janeiro, o economista não fez uma previsãoa, mas afirmou que dificilmente o resultado repetirá o índice de janeiro de 2006, de 0,92%.